Amadora inicia demolição de 22 construções ilegais na Estrada Militar
A Câmara Municipal da Amadora dá início à demolição de 22 habitações ilegais, enquanto o movimento Vida Justa denuncia a ausência de soluções habitacionais para os afetados.

A Câmara Municipal da Amadora começou hoje a demolição de 22 construções consideradas ilegais na Estrada Militar, especificamente na Mina de Água. O movimento Vida Justa já confirmou a destruição de duas casas autoconstruídas e denunciou a utilização de táticas "agressivas" por parte das autoridades. Durante todo o processo, que se estendeu das 07h00 às 13h00, os moradores ficaram cercados pela Equipa de Intervenção Rápida da PSP, impedidos de entrar ou sair do bairro.
Flávio Almada, porta-voz do movimento, fez referência ao desrespeito da autarquia pelas providências cautelares que tinham sido apresentadas pelos residentes, apontando também a falta de soluções de habitação para aqueles que estão a ser deslocados. No domingo, o mesmo grupo tinha já denunciado a demolição de 16 outras habitações na mesma área.
A Câmara da Amadora, liderada por Vítor Ferreira do PS, justificou a demolição afirmando que essas construções constituem um retrocesso nos esforços feitos pelo município nos últimos anos. A autarquia identificou aproximadamente 30 adultos e 14 crianças/jovens como ocupantes das edificações a serem demolidas.
Em resposta às críticas sobre a falta de apoio aos moradores, a câmara garantiu que tanto a junta de freguesia como a divisão de ação social têm prestado o atendimento necessário e que estão a preparar uma resposta de emergência em colaboração com serviços da administração central.
Em relação às providências cautelares, a autarquia reitera a sua posição de respeitar sempre as decisões judiciais, aguardando a comunicação oficial do tribunal sobre qualquer deferimento.