Ataque aéreo israelita no Líbano resulta em morte no Vale do Bekaa

Hoje, um drone israelita desferiu um ataque mortal contra um veículo no Vale do Bekaa, no Líbano, resultando na morte de pelo menos uma pessoa, segundo o Ministério da Saúde Pública do país. O incidente ocorreu na cidade de Brital, no distrito de Baalbek, onde três mísseis foram disparados contra o automóvel, conforme relatado pela Agência Nacional de Notícias (ANN).

Apesar do cessar-fogo estabelecido entre Israel e Líbano em 27 de novembro de 2024, as forças israelitas mantêm as suas operações no território libanês, frequentemente alegando que os ataques visam combater o Hezbollah e as suas infraestruturas.

O ataque de hoje sucedeu a uma reunião do governo libanês sobre o desarmamento do Hezbollah, com o movimento a condicionar qualquer progresso a uma suspensão dos bombardeamentos israelitas e à retirada das tropas de Israel do Líbano.

O primeiro-ministro libanês anunciou que o Exército foi encarregado de elaborar um plano para garantir o monopólio das armas pelo Estado até ao final do ano e que novas discussões sobre o desarmamento do Hezbollah, que entrou em conflito aberto com Israel durante mais de um ano, decorrerão na próxima quinta-feira.

«O Líbano reafirma o seu direito à autodefesa face a qualquer ataque», sublinhou o primeiro-ministro, referindo-se às contínuas operações militares israelitas no país. Em contrapartida, o líder do Hezbollah afirmou que o grupo não aceitará um cronograma de desarmamento enquanto os ataques israelitas persistirem.

A recente escalada de violência levou a uma série de bombardeamentos em várias localidades da região oriental e nas proximidades de Jezzine, resultando na morte de quatro pessoas, conforme fontes oficiais.

As Forças Armadas israelitas informaram que os ataques foram direcionados a infraestruturas do Hezbollah, incluindo locais de fabrico de mísseis, e que o exército estava a intensificar as suas operações para desmantelar a capacidade do grupo no Líbano.

Os bombardeamentos têm-se concentrado principalmente na região sul, mas também atingiram o Vale do Bekaa. Segundo fontes militares, os ataques visaram locais de produção de explosivos e uma instalação subterrânea de armas estratégicas, alegando que o Hezbollah tem tentado reabilitar essas capacidades.

De acordo com os termos do cessar-fogo, o Hezbollah deveria ter levado os seus combatentes para o norte do rio Litani, onde apenas as forças armadas libanesas e as tropas da ONU são permitidas. No entanto, Israel, que deveria ter retirado completamente as suas forças, ainda mantém posições em cinco locais que considera vitais.

A cidade israelita de Telavive criticou o governo libanês por não agir de forma eficaz para desarmar o grupo xiita.