Autarcas da Guarda clamam pela reabertura das extensões de saúde

A Câmara Municipal da Guarda, aliada a nove Juntas de Freguesia, expressou hoje a sua insatisfação à Unidade Local de Saúde (ULS) e ao Ministério da Saúde quanto ao encerramento de diversas extensões de saúde no concelho.

O fecho das extensões de saúde em localidades como o Porto da Carne e Rochoso-Monte Margarida, bem como a degradação dos serviços em Vila Fernando e Castanheira, é considerado um retrocesso preocupante no que diz respeito ao direito à saúde, um princípio fundamental consagrado na Constituição Portuguesa.

A mensagem de reivindicação inclui as Juntas de Freguesia de Castanheira, Cavadoude, Porto da Carne, Pousade-Albardo, Vila Fernando, Vila Garcia, Rochoso-Monte Margarida, Vila Cortês do Mondego e Sobral da Serra. A Câmara mencionou que esta situação gera uma "profunda preocupação" e reflete o clamor legítimo das comunidades, que estão a enfrentar dificuldades significativas para aceder aos cuidados de saúde em um território extenso, marcado por uma população envelhecida e recursos limitados.

O presidente da Câmara, Sérgio Costa, sublinhou: "O que pedimos é apenas aquilo a que temos direito. O acesso à saúde deve ser garantido às populações do interior." Com isso, os autarcas solicitam a reabertura imediata destes serviços, fundamentais para a fixação de jovens e famílias na região.

Além disso, alertam para a necessidade de considerar a realidade específica do território, evitando soluções uniformes que penalizam as áreas mais vulneráveis. A Câmara da Guarda e as Juntas de Freguesia envolvidas prometem não desistir até que se restabeleça "a justiça social e territorial" para os seus habitantes.

Este apelo, descrito como "sério e solidário, exigindo ação e compromisso", adveio também da aprovação de várias moções na Assembleia Municipal sobre esta problemática.