Brasil enfrenta primeira queda na atividade económica em 2023
O Banco Central do Brasil divulgou que a atividade económica registou uma diminuição de 0,7% em maio, interrompendo uma sequência de quatro meses de crescimento.
A atividade económica do Brasil contraiu 0,7% em maio, revertendo uma tendência de quatro meses consecutivos de crescimento, segundo dados revelados hoje pelo Banco Central. Esta marcante diminuição representa a primeira queda do ano e reflete os desafios que a economia brasileira enfrenta.
O Índice de Atividade Económica (IBC-Br), um indicador mensal vital que ajuda a calcular o Produto Interno Bruto (PIB), assinala uma desaceleração da economia que já estava prevista para este ano, motivada pelo aumento das taxas de juro.
Em comparação com maio de 2024, o índice ainda revelou um crescimento de 3,2%. Nos últimos 12 meses que terminaram em maio, a atividade económica nacional cresceu 4%.
O Banco Central tem vindo a aumentar as taxas de juro no intuito de domar a inflação, que actualmente ultrapassa a meta de 3% estipulada para este ano, com uma tolerância de 1,5 pontos percentuais para cima e para baixo.
As previsões do mercado financeiro indicam um crescimento do PIB brasileiro de 2,23% para 2023, cifra que fica aquém da estimativa governamental de 2,5%.
Vale ainda destacar que estas projeções não incluem os possíveis efeitos da recente decisão do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre as importações brasileiras a partir de 1 de agosto.