Caça chinês realiza manobra controversa junto a avião japonês
O Governo chinês defende a abordagem a uma aeronave japonesa em águas internacionais, considerando-a uma manobra legítima, enquanto o Japão protesta pela segurança aérea.

No dia 4 de outubro, um episódio provocador ocorreu no mar do Leste da China, quando um caça-bombardeiro JH-7 da China se aproximou de um avião japonês de inteligência YS-11EB a uma distância que as autoridades nipónicas consideraram insegura. Em resposta, o Japão apresentou um protesto oficial a Pequim.
O coronel Jiang Bin, porta-voz do Ministério da Defesa chinês, afirmou que as aeronaves de reconhecimento do Japão estiveram a realizar operações na Zona de Identificação de Defesa Aérea da China em várias ocasiões, segundo ele, para efetuar "reconhecimento de aproximação". Esta zona inclui as ilhas Senkaku, sob administração japonesa, mas que Pequim reclama, denominando-as de Diaoyu.
Jiang sublinhou que a resposta das forças chinesas estava em conformidade com a legislação e consistiu em identificação, rastreio e vigilância, considerando essas ações como totalmente "legítimas, razoáveis e profissionais". O porta-voz atribuiu as tensões à "aproximação e interferência" de navios e aviões japoneses, que, segundo ele, representam uma ameaça à segurança na região.
O ministério expressou o desejo de que o Japão colabore para desenvolver um ambiente propício ao fortalecimento das relações bilaterais. Este não é um incidente isolado; em junho, um caça J-15 da China quase colidiu com uma aeronave japonesa, cenário que levou Tóquio a manifestar "grave preocupação" e a exigir medidas para evitar futuros confrontos.
Além disso, o Japão divulgou que estava especialmente atento ao aumento das atividades militares chinesas nas proximidades do seu espaço aéreo, revelando que os porta-aviões Shandong e Liaoning tinham realizado cerca de mil aterragens de aviões em um mês, incluindo operações perto das ilhas japonesas de Iwojima e Santon.