Câmara da Guarda e PSP colaboram na proteção do património histórico com videovigilância

A Câmara Municipal da Guarda e o Comando Distrital da Polícia de Segurança Pública (PSP) formalizaram, hoje, um protocolo de colaboração que visa a instalação de um sistema de videovigilância na área histórica da cidade.

Este acordo representa o início de um trabalho que será coordenado pela PSP, encarregada de obter os pareceres e as licenças necessárias, incluindo a autorização da Comissão Nacional de Proteção de Dados, para que o sistema possa ser instalado.

Embora ainda não tenham sido divulgados detalhes sobre o número de câmaras a serem colocadas e a sua localização específica, o presidente da Câmara, Sérgio Costa, revelou à agência Lusa que se prevê que o custo do sistema oscile entre 200 mil a 300 mil euros, com base em cidades semelhantes a Guarda.

"Precisamos encontrar as fontes de financiamento adequadas, quer por meio de fundos comunitários, nacionais ou municipais, para assegurar que o centro histórico seja devidamente vigiado num futuro próximo", enfatizou o autarca.

Sérgio Costa destacou que "não se trata de um custo, mas sim de um investimento", essencial para combater o vandalismo e os atos de violência que ocasionalmente afetam a zona histórica.

O autarca afirmou ainda que "A Guarda é uma cidade segura, conforme indicam as estatísticas da PSP e da GNR, embora haja, de vez em quando, alguns episódios de vandalismo. É crucial impedir ou reduzir drasticamente estes atos isolados."

O presidente espera que a instalação da videovigilância prossiga "o mais rapidamente possível", sobretodo porque o centro histórico já dispõe de fibra ótica, o que facilita o processo.

A sala de situação do sistema será situada na sede da PSP, visto que apenas a polícia terá acesso à visualização e tratamento das imagens captadas.

"Este sistema complementa a atuação das forças de segurança, permitindo uma resposta em tempo real a diversos tipos de ocorrências, uma vez que é monitorizado 24 horas por dia por agentes da autoridade", explicou o comandante da PSP da Guarda.

O superintendente António José Gomes Belo não tem dúvidas de que "a nossa capacidade de resposta irá melhorar" com a implementação da videovigilância.

Os locais específicos para a instalação das câmaras serão determinados entre a PSP e a Câmara Municipal, levando em consideração as necessidades operacionais da Polícia e do Município.

O comandante acrescentou que o sistema terá como foco a zona histórica, reconhecida pela sua elevada afluência de pessoas, o que será motivo de atenção prioritária.

António José Gomes Belo acredita fortemente no impacto dissuasor que as câmaras poderão ter, contribuindo para a diminuição de atos de vandalismo e incivilidades, tanto no património público como privado.

Por último, o responsável mencionou que a Guarda irá inspirar-se em exemplos positivos de cidades como Castelo Branco, onde a videovigilância já está mais avançada, e Leiria, que já possui o sistema em funcionamento.

A aprovação do protocolo entre a Câmara e a PSP para a videovigilância no centro histórico da Guarda foi feita por unanimidade pelo executivo camarário no passado dia 12 de maio.