CDS-PP destaca papel preponderante na coligação e reformismo em Portugal
Nuno Melo, líder do CDS-PP, elogia a colaboração com o PSD e ressalta a influência do seu partido em áreas cruciais, sublinhando a importância das eleições autárquicas.

O presidente do CDS-PP, Nuno Melo, afirmou hoje, durante um evento em Sintra para celebrar o 51.º aniversário do partido, que a coligação com o PSD representa "o reformismo em ação" e salientou a relevância do CDS nas políticas governamentais que vão desde a imigração até às mudanças na disciplina de cidadania.
Em seu discurso, Melo frisou que os votos do CDS-PP foram essenciais para o êxito da Aliança Democrática, tanto nas próximas eleições de 2024 como nas recentes legislativas e autárquicas. "O CDS não regressou ao Governo por acaso, mas sim pelo mérito e esforço demonstrados, o nosso peso foi reafirmado", comentou o atual ministro da Defesa Nacional.
Nuno Melo descreveu a Aliança Democrática como uma coligação leal e colaborativa, focada em transformar Portugal. Embora reconheça que o CDS-PP não tenha a mesma presença ministerial dos tempos passados, enfatizou que isso não diminui a capacidade do partido de influenciar políticas significativas.
Segundo Melo, as "marcas do CDS" são evidentes nas transformações do Governo, citando, por exemplo, o trabalho em prol de um regime mais rigoroso para a naturalização. Com a recente proposta apresentada por Telmo Correia, o CDS-PP reafirma a sua postura em questões de nacionalidade. "As alterações que discutimos hoje refletem os princípios que sempre defendemos", disse ele.
O líder centrista também destacou as mudanças na educação, como a eliminação de ideologias de manuais escolares e a regulamentação do uso de telemóveis nas escolas, reafirmando a relevância contínua do CDS após 51 anos de história.
Além das questões nacionais, Melo fez questão de mencionar como o CDS tem desempenhado um papel crucial ao nível autárquico, contribuindo para derrotar a esquerda em várias câmaras municipais. "As vitórias autárquicas do PSD não podem ser vistas sem a colaboração do CDS. Estamos unidos em projetos maiores pelo bem de Portugal", disse ele.
Sobre as eleições autárquicas de outubro, Nuno Melo expressou confiança no retorno do CDS a um lugar de destaque. Enfatizou as linhas ideológicas que diferenciam o CDS de outros partidos à sua direita, defendendo um equilíbrio que promova liberdade de escolha, com uma atenção especial aos mais vulneráveis.
Referindo-se ao desaire eleitoral que levou o CDS a sair do parlamento pela primeira vez em 2022, Melo caracterizou esse ano como de "resistência e reorganização". O ano de 2023, por outro lado, foi visto como um período de "afirmação e crescimento". Para 2024, a expectativa é de que o CDS retome o seu lugar na Assembleia da República, um feito significativo para a formação política.
O desafio para 2025 é igualmente importante, culminando na afirmação de que as autarquias são para o CDS o que os sindicatos representam para a esquerda, concluindo assim a sua intervenção.