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Chapo defende "cidadania partilhada" na CPLP para fortalecer laços entre nações

O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, solicita a promoção de uma "cidadania partilhada" na CPLP durante a abertura da assembleia parlamentar da entidade, visando um maior reconhecimento mútuo.

há 5 horas
Chapo defende "cidadania partilhada" na CPLP para fortalecer laços entre nações

Durante a abertura da 14.ª Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (AP-CPLP), realizada em Maputo, o Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, destacou a importância da "cidadania partilhada" entre as nações lusófonas. Chapo explicou que este conceito deve ser a base das políticas governamentais e legislativas, permitindo que cidadãos dos vários Estados se sintam parte de uma mesma comunidade de pertença e cooperação.

A CPLP é descrita por Chapo como uma "comunidade de afetos, responsabilidades e solidariedade", que deve trabalhar em conjunto para a manutenção da paz e da soberania dos seus membros, valores considerados fundamentais para o êxito do projeto comunitário.

O Presidente sublinhou que a construção de uma verdadeira cidadania lusófona deve incluir aspectos como a mobilidade, a proteção social, o intercâmbio de conhecimentos e a valorização da diversidade cultural, reiterando que isso se tornará uma missão estratégica da CPLP.

Daniel Chapo invocou também a necessidade de refletir sobre o atual estado das relações entre os Estados-membros e avaliar os avanços obtidos desde a criação da CPLP, incluindo a superação dos desafios que se apresentam para a afirmação do bloco no cenário internacional.

No seu discurso, enfatizou a importância de um diálogo intergeracional, focando na juventude e nas mulheres como prioritários nos agendas legislativas e de desenvolvimento.

Chapo expressou a expectativa de que a assembleia aprofunde o diálogo à volta da cidadania intercomunitária, que deverá facilitar a mobilidade dos cidadãos e a troca de saberes, contribuindo para um desenvolvimento sustentável e equitativo nas nações lusófonas.

Mais de 100 delegados, incluindo presidentes das assembleias legislativas dos Estados-membros da CPLP, estão a participar na assembleia em Maputo, que se estende por dois dias. O parlamento português está representado pelo deputado Pedro Alves (PSD).

Durante a AP-CPLP, que agora será liderada por Moçambique, foram previstas reuniões entre presidentes das comissões permanentes e grupos parlamentares, além de anunciar o país que receberá o próximo encontro anual do órgão.

Esta edição da assembleia sucederá a Guiné Equatorial, tendo como foco a paz e a inclusão, embora a participação do grupo nacional da Guiné-Bissau tenha sido cancelada.

Fundada em 1996, a CPLP é composta por nove países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

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