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China defende relações com a Rússia em reação a críticas europeias

O governo chinês reafirmou que a cooperação com a Rússia não aceita interferências externas, após apelos de Ursula von der Leyen para que Pequim reavalie seu apoio a Moscovo.

há 13 horas
China defende relações com a Rússia em reação a críticas europeias

O governo da China voltou a defender hoje as suas relações com a Rússia, rejeitando interferências externas após críticas da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Durante uma conferência de imprensa, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, afirmou que "a cooperação normal entre a China e a Rússia não admite interferências de terceiros".

Mao destacou que os laços entre Pequim e Moscovo "não são dirigidos contra nenhuma terceira parte", sublinhando a autonomia das suas relações bilaterais.

As declarações da porta-voz surgem na sequência das observações de von der Leyen, que, num debate no Parlamento Europeu, alertou que "o apoio contínuo da China à Rússia está a gerar instabilidade e insegurança para a Europa". A líder europeia acrescentou que a forma como Pequim reagir à guerra na Ucrânia terá um impacto significativo nas relações futuras entre a União Europeia e a China.

Ursula von der Leyen planeia visitar Pequim no final de julho, acompanhada pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, para celebrar os 50 anos de relações diplomáticas entre as duas partes.

Desde o início da invasão russa à Ucrânia em fevereiro de 2022, a China tem vindo a fortalecer os seus laços com Moscovo, o que suscita preocupações em Bruxelas. Embora Pequim tenha demonstrado uma posição ambígua sobre o conflito, enfatizando a necessidade de "respeitar a integridade territorial de todos os países, incluindo a Ucrânia", também tem destacado a importância de considerar as "preocupações legítimas de segurança de todas as partes", referindo-se à Rússia. Países ocidentais acusam repetidamente a China de estar a apoiar a máquina de guerra russa, algo que Pequim nega.

#China #Rússia #RelaçõesInternacionais