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Cimeira UE-China: Encontros e Desafios no Futuro das Relações Bilaterais

Cimeira em Pequim celebra 50 anos de relações UE-China, mas tensões geopolíticas e acusações de concorrência desleal dominam a agenda.

24/07/2025 00:10
Cimeira UE-China: Encontros e Desafios no Futuro das Relações Bilaterais

A cimeira entre a União Europeia (UE) e a China, que ocorre hoje em Pequim, assinala meio século de relações diplomáticas, mas é marcada pela análise das atuais tensões geopolíticas. Os presidentes do Conselho Europeu, António Costa, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, vão reunir-se com o líder chinês, Xi Jinping. Contudo, durante a conferência de imprensa final, a presença de Xi Jinping não está prevista, segundo fontes europeias.

A situação na Ucrânia, provocada pela invasão russa, estará em destaque nas discussões. Pequim, apesar de afirmar publicamente o seu compromisso com a ordem internacional, é criticada por não se juntar aos esforços para limitar as ações da Rússia e tem sido acusada de facilitar a guerra, ajudando Moscovo a contornar as sanções, o que a China refuta.

A cimeira será ainda uma oportunidade para abordar as relações económicas entre a UE e a China, com António Costa a destacar o objetivo de alcançar uma "relação justa e equilibrada" e de promover "progressos concretos".

Recentemente, em outubro de 2024, a UE decidiu implementar tarifas aduaneiras complementares sobre automóveis elétricos chineses, argumentando que Pequim subsidia as suas empresas a operar nos países da UE, o que prejudica a concorrência. Em abril deste ano, Bruxelas e a China já tinham discutido alternativas para as tarifas, como a implementação de preços mínimos.

Face à incerteza nas relações comerciais com os Estados Unidos, a Europa busca também expandir os acordos comerciais existentes e debater questões de geopolítica internacional, especialmente considerando a posição da China no cenário global.

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