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Desafios Europeus: PCP critica orçamentos bélicos e Costa pede paz à Rússia

António Costa confronta João Oliveira do PCP a convencer a Rússia a cessar a guerra na Ucrânia, após críticas aos gastos militares da UE e da NATO pela invasão.

09/07/2025 19:45
Desafios Europeus: PCP critica orçamentos bélicos e Costa pede paz à Rússia

Na última sessão plenária, o ex-primeiro-ministro António Costa desafiou o eurodeputado do PCP, João Oliveira, a persuadir a Rússia a desistir da invasão da Ucrânia. A discussão surgiu na sequência das críticas de Oliveira sobre os crescentes “gastos militares” da União Europeia e da NATO em relação ao conflito na Ucrânia.

“Senhor António Costa, o que esta reunião do Conselho Europeu nos traz não nos serve. A continuidade da guerra na Ucrânia e o aumento dos investimentos bélicos são alarmantes,” afirmou João Oliveira, referindo-se ao pacote Omnibus destinado à indústria das armamento.

António Costa respondeu, afirmando que a guerra persiste devido à invasão russa: “Ninguém deseja mais a paz do que os ucranianos ou aqueles que enfrentam diariamente os ataques. Para alcançar a paz, devemos convencer a Rússia a parar a invasão.”

Costa também abordou a importância do direito internacional, mencionando que a soberania e a integridade territorial da Ucrânia devem ser respeitadas: “Não podemos tratar a Ucrânia como uma exceção às normas da Carta das Nações Unidas.”

Na mesma sessão, os eurodeputados expressaram uma condenação firme aos crimes de guerra cometidos pela Rússia, apoiando as investigações do Tribunal Penal Internacional. Uma resolução aprovada revelou que a agressão russa à Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, desestabilizou a paz na Europa e comprometeu a segurança global. A Rússia continua a ser vista como a maior ameaça à segurança na Europa.

Costa ressaltou que a invasão da Ucrânia deixou claro que a paz sem defesa é uma ilusão. Com a votação em massa (505 a favor, 77 contra, 45 abstenções), os eurodeputados afirmaram que a Rússia deve ser responsabilizada por quaisquer violações do direito internacional.

Os eurodeputados expressaram a sua indignação face aos ataques indiscriminados contra civis e infraestruturas na Ucrânia e pediram uma troca abrangente de prisioneiros de guerra. Reforçaram a necessidade de uma ação mais eficaz da UE e dos seus parceiros, assim como a utilização de bens russos confiscados para apoiar a defesa ucraniana, considerando a ausência de ação como um fracasso inaceitável dos governos europeus.

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