EUA: EPA elimina pesquisa e poderá despedir milhares de trabalhadores

A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) divulgou na última sexta-feira planos para desmantelar a sua área de investigação e desenvolvimento, prevendo despedimentos que poderão ascender a milhares de funcionários. Este desfecho marca uma transformação significativa na forma como a agência aborda a sua missão, que é a proteção do meio ambiente e da saúde pública.

Historicamente, o Gabinete de Investigação e Desenvolvimento da EPA tem sido a base científica que sustenta a missão da agência. Contudo, em maio, a EPA já tinha anunciado uma revisão nas suas prioridades, optando por concentrar-se em problemas específicos relacionados com a qualidade do ar e da água.

Os líderes da agência sublinharam que essa reestruturação permitirá poupanças de aproximadamente 750 milhões de dólares. Lee Zeldin, administrador da EPA, afirmou em comunicado que essas alterações são vitais para garantir que a agência esteja bem posicionada para cumprir a sua missão fundamental de zelar pela saúde pública e preservar o ambiente.

Não obstante, as mudanças trarão uma considerável redução no número de empregos, seguindo uma decisão do Supremo Tribunal que abriu caminho para uma diminuição do pessoal público, uma medida defendida pelo ex-presidente Donald Trump. Apesar de alertas sobre a possível perda de serviços críticos, a EPA confirmou que o número total de funcionários será reduzido para 12.448, o que representa uma diminuição de quase 23%, correspondendo a mais de 3.700 empregos, se comparado ao início da administração de Trump.