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Ex-médico de Biden invoca Quinta Emenda e não testemunha sobre saúde do antigo presidente

Kevin O’Connor, ex-médico da Casa Branca, recusa colaborar numa investigação do Partido Republicano sobre a saúde de Joe Biden, citando o privilégio médico-paciente.

há 3 horas
Ex-médico de Biden invoca Quinta Emenda e não testemunha sobre saúde do antigo presidente

O ex-médico de Joe Biden, Kevin O’Connor, decidiu não testemunhar num inquérito à porta fechada que investiga a saúde mental do antigo presidente dos Estados Unidos, numa iniciativa promovida pelo Partido Republicano.

De acordo com várias fontes de informação norte-americanas, O’Connor apelou ao privilégio médico-paciente e ao direito consagrado na Quinta Emenda, que o protege de autoincriminação.

Num comunicado que foi divulgado pela imprensa, O’Connor enfatiza que as suas obrigações profissionais como médico dificultam a sua capacidade de prestar depoimento, além de o impedirem de divulgar informações sensíveis.

A Associated Press também reportou que a invocação da Quinta Emenda ocorreu pouco antes do início do Comité de Supervisão da Câmara dos Representantes, onde a proteção legal contra abusos de autoridade é garantida, permitindo o direito de não se pronunciar de modo a evitar incriminar-se.

A investigação em questão, levada a cabo pelos republicanos, centra-se nas ações de Biden enquanto ocupava a presidência. Os republicanos levantam a suspeita de que algumas das suas políticas poderiam ser consideradas inválidas se se provar que Biden enfrentou questões de saúde mental durante o seu mandato, incluindo a alegação de que utilizou uma 'autopen' para assinar documentos importantes.

Donald Trump, em posts na sua plataforma Truth Social, indicou que o uso da 'autopen' poderia ser um dos maiores escândalos políticos, além da polémica eleição presidencial de 2020.

David Schertler, advogado de O'Connor, comentou que seria adequado suspender a investigação do Comité de Supervisão até que a Procuradora-Geral dos EUA, Pam Bondi, finalize uma análise sobre a utilização destas máquinas de assinatura, que já foram empregues por presidentes e escritores.

Antes mesmo de anunciar a sua recandidatura, questões sobre a saúde mental de Biden começaram a circular. Mesmo planeando enfrentar Trump nas eleições, Biden acabou por retirar-se da corrida em julho de 2024, justificando que tal decisão era "do melhor interesse do partido e do país".

Recentemente, em maio deste ano, Biden partilhou que foi diagnosticado com cancro da próstata, em estágio metastático. Após o anúncio, Ronny Jackson, também ex-médico da Casa Branca, sugeriu que Biden poderia ter entre 12 a 18 meses de vida. O diagnóstico foi revelado publicamente a dia 18 de maio.

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