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Hamas condiciona libertação de reféns a negociações sérias para cessar-fogo

O Hamas declarou que a única maneira de Israel obter a libertação dos reféns em Gaza é através de um "acordo sério" e não apenas militar, enquanto a ofensiva israelita continua.

há 5 horas
Hamas condiciona libertação de reféns a negociações sérias para cessar-fogo

Izat al-Rishq, um dos altos responsáveis do Hamas, afirmou hoje que Israel não conseguirá libertar os reféns mantidos na Faixa de Gaza sem um "acordo sério" que inclua um cessar-fogo e o fim da sua ofensiva militar. Em declarações ao jornal palestiniano Filastin, al-Rishq criticou as palavras do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que insinuou que a libertação dos reféns e a rendição do Hamas eram possíveis. Segundo o responsável do grupo islamita, essas afirmações refletem uma "ilusão de derrota psicológica".

"Após o reconhecimento do fracasso por parte dos líderes inimigos em recuperar os prisioneiros através de ações militares, tornou-se evidente que a única via para a libertação é através de um diálogo sério com a resistência", acrescentou.

Al-Rishq reafirmou que "Gaza não se renderá" e que "a resistência ditará as suas condições", referindo-se aos eventos de 7 de outubro de 2023. Neste contexto, estão atualmente em curso contactos indiretos entre delegações israelitas e do Hamas, visando um eventual cessar-fogo, depois de a ofensiva israelita ter retomado a 18 de março, rompendo uma trégua anterior estabelecida em janeiro.

As declarações de al-Rishq surgem após Netanyahu insistir na importância da pressão militar sobre Gaza, em conversa com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, centrada na questão da libertação dos reféns. "Não desistimos nem por um momento, e isso é possível graças à pressão militar exercida pelos nossos heróicos soldados", declarou Netanyahu.

A ofensiva israelita, iniciada como resposta aos ataques de outubro de 2023, resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas e 251 sequestrados, segundo informação do governo de Israel. Entretanto, as autoridades do enclave palestiniano, sob controlo do Hamas, reportaram mais de 57.700 mortos entre os palestinianos, embora se acredite que o número real seja ainda maior.

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