Liga Moçambicana de Futebol à espera de soluções governamentais para relançar competição

A Liga Moçambicana de Futebol (LMF) revelou a sua preocupação em relação à retoma do campeonato nacional, o Moçambola. O presidente da LMF, Alberto Simango Júnior, anunciou que a data de reinício do torneio ainda é uma incógnita, e solicitou ao Governo um montante de 1,3 milhões de euros para a aquisição de passagens aéreas, visto que os preços por atleta aumentaram drasticamente, quase dobrando.

Durante uma reunião com o ministro da Juventude e Desporto, Caifadine Manasse, Simango Júnior explicou que o orçamento necessário ronda os 100 milhões de meticais para cobrir os custos de transporte das equipas. “Na época passada, cada atleta custava cerca de 21 mil meticais (283 euros), enquanto agora são exigidos 42 mil meticais (566 euros)”, explicou o presidente da LMF.

O adiamento dos jogos da sexta jornada, anteriormente marcado para 10 de julho, resultou também dos constrangimentos logísticos nas deslocações aéreas. A LMF já tinha comunicado que a falta de voos era uma barreira significativa para a realização das partidas.

De acordo com a transportadora Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), a indisponibilidade de voos deve-se à falta de pagamento das passagens por parte das equipas do Moçambola. “Compreendemos as razões da LAM, mas este aumento de custos gera dificuldades para a Liga. Por isso, pedimos a intervenção do Governo para que o campeonato possa continuar”, sublinhou Simango Júnior.

A expectativa da Liga é que, com a ajuda governamental, a competição retome rapidamente. “É complicado afirmar quando teremos um regresso certo, mas confiamos que o governo terá uma solução rápida”, concluiu o presidente. O início do Moçambola de 2025, que inicialmente estava agendado para 26 de março, foi já adiado para 17 de maio, devido a desafios logísticos e económicos enfrentados pelo país.