Meloni defende união europeia contra ameaças comerciais dos EUA
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, critica a possível guerra comercial no Ocidente, após Trump anunciar tarifas de 30% sobre produtos da UE, apelando à resistência europeia.

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, expressou a sua preocupação em relação ao que considerou uma "guerra comercial no Ocidente". Esta declaração surge após a recente decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de instituir tarifas de 30% para produtos provenientes da União Europeia.
Meloni, em um comunicado oficial, sublinhou: "Uma guerra comercial no Ocidente enfraquecer-nos-ia a todos diante dos desafios globais que enfrentamos em conjunto". A líder italiana destacou ainda que "a Europa possui a força económica e financeira necessária para afirmar a sua posição e negociar um acordo justo e sensato", prometendo que "a Itália desempenhará a sua função".
Após o anúncio de Trump, algumas vozes da oposição em Itália, incluindo o ex-primeiro-ministro e atual líder do Movimento 5 Estrelas (M5S), Giuseppe Conte, criticaram Meloni, acusando-a de ceder às pressões de Washington.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, referiu que Bruxelas não planeia retaliar imediatamente contra as tarifas de aço e alumínio impostas pelos EUA, optando por prolongar a suspensão das suas próprias medidas até agosto, na esperança de alcançar um entendimento que evite tarifas adicionais de 30% sobre as exportações europeias.
Von der Leyen afirmou ainda que a União Europeia "continua a preparar" contramedidas, assegurando que estará "totalmente preparada" caso as negociações com Washington não sejam frutíferas.