Moçambique urge pela reactivação do parlamento da Guiné-Bissau
O parlamento de Moçambique pede o restabelecimento imediato do funcionamento do parlamento guineense, sem interferir na dissolução ocorrida em 2023.

O parlamento de Moçambique manifestou, na data de hoje, a sua preocupação em relação à situação do parlamento da Guiné-Bissau, que foi dissolvido pelo Presidente Umaro Sissoco Embaló em dezembro de 2023, antes de completar um ano após as eleições legislativas. O deputado Feliz Sílvia, líder do grupo nacional da Assembleia da República perante a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), enfatizou que, embora não queiram ingerir nos assuntos internos de Estados soberanos, é imperativo que a Guiné-Bissau retome a sua atividade parlamentar o mais brevemente possível.
Durante uma conferência de imprensa em Maputo, onde se prepara para a 14.ª Assembleia Parlamentar da CPLP, marcada para 14 e 15 de julho, Sílvia expressou a sua solidariedade com os colegas guineenses, sublinhando a importância de reestabelecer a ordem parlamentar.
Com a dissolução do parlamento da Guiné-Bissau, representantes do grupo nacional irão participar na assembleia que se aproxima, onde mais de 100 delegados, incluindo líderes parlamentares de diferentes Estados-membros, estarão presentes. A discussão centrará na promoção da paz, democracia e boa governação na CPLP.
Moçambique assumirá a presidência rotativa da AP-CPLP, colocando o foco em esforços para aumentar a paz e a inclusão, assim como na promoção da democracia e do Estado de Direito ao longo do seu mandato de dois anos. As iniciativas incluirão a atração de investimento privado e a harmonização de políticas fiscais e alfandegárias entre os países-membros.
A CPLP, que foi fundada em 1996, é composta por nove países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.