Nicolau Santos garante autonomia da RTP e defende necessidade de reestruturação
O presidente da RTP afirmou no parlamento que a reestruturação da empresa foi feita sem interferência política e é vital para a sua modernização digital.
Nicolau Santos, presidente do Conselho de Administração da RTP, afirmou hoje na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto que a reorganização da empresa decorreu sem qualquer tipo de interferência política, reforçando que esta era "absolutamente necessária" para a transformação digital da emissora pública.
Em resposta a questões sobre a recente demissão da direção de informação da RTP, o gestor explicou que não houve pressão externa sobre a reorganização, a qual considera crucial para o futuro da empresa. "Não houve nenhuma interferência política" e "nenhuma pressão para procedermos a essa reorganização", reiterou, sublinhando a importância da independência da RTP e dos seus diretores para fomentar a confiança do público.
Quando questionado sobre a notificação do Governo relativamente à exoneração do ex-diretor de informação, Nicolau Santos esclareceu que informou o ministro da tutela, dr. Leitão Amaro, "imediatamente após" comunicar a decisão ao jornalista António José Teixeira, no dia 23 de junho.
O presidente da RTP reforçou que o plano de reorganização está a ser analisado há bastante tempo e visa atualizar infraestruturas com mais de duas décadas. O investimento projetado para os próximos quatro anos atinge os 70 milhões de euros, com cerca de 18 milhões a serem aplicados já este ano em modernização de equipamentos e rejuvenescimento da equipa.
Sobre a escolha de Vítor Gonçalves para o cargo de diretor de informação, Nicolau Santos elogiou o seu "currículo impressionante", destacando a experiência de 33 anos na RTP e a visão de futuro que traz para a função. A nomeação de Vítor Gonçalves recebeu já parecer favorável da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC).