Rangel defende maior controlo nas fronteiras externas da UE
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal realçou a urgência do fortalecimento das fronteiras externas da Europa, no contexto da presidência dinamarquesa do Conselho da UE.
Durante a sua intervenção na Assembleia da República, Paulo Rangel enfatizou a crescente preocupação relacionada com a "restrição dos espaços Schengen" na União Europeia. Segundo o ministro, a falta de confiança em relação às fronteiras externas da UE por parte de alguns Estados-membros, como a Alemanha, Polónia e Lituânia, exige uma resposta coletiva focada no controlo das fronteiras.
"Precisamos de um reforço das fronteiras externas para que não se comprometa a liberdade de circulação interna", salientou Rangel. A recente reintrodução de controlos temporários nas fronteiras por parte da Polónia, especialmente nas ligações com a Alemanha e a Lituânia, acentua estas preocupações. Esta medida ocorreu após o chanceler alemão, Friedrich Merz, ter defendido políticas migratórias mais restritivas.
A zona Schengen, que abrange a maioria dos Estados da UE e inclui a Suíça, permite a livre circulação de cidadãos, no entanto, o reestabelecimento de controlos nas fronteiras é uma possibilidade em casos de ameaças à segurança interna.
Rangel apela também à continuidade do trabalho iniciado pela Dinamarca na presidência da UE, incluindo apoio militar à Ucrânia, conquistas na competitividade europeia e o alargamento das medidas de defesa e segurança.
O atual governo dinamarquês sucede à Polónia, cuja presidência focou-se primariamente nas sanções dirigidas à Rússia e na defesa da União Europeia.