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Reclusos ganham acesso a 7.450 telefones fixos em todas as celas

Com um investimento de cerca de sete milhões de euros, foram instalados 7.450 telefones fixos nas celas dos estabelecimentos prisionais, permitindo uma comunicação mais humana entre reclusos e suas famílias.

há 9 horas
Reclusos ganham acesso a 7.450 telefones fixos em todas as celas

Um total de 7.450 telefones fixos foi instalado nas celas dos 49 estabelecimentos prisionais em Portugal, revelando um investimento de cerca de sete milhões de euros, de acordo com informações do diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Orlando Carvalho.

Durante uma visita ao Estabelecimento Prisional de Leiria Jovens, conhecido como prisão-escola, o diretor-geral anunciou que "nenhum estabelecimento ficou de fora". Nesta instituição em particular, foram colocados aproximadamente 220 telefones que estão acessíveis em todas as celas e pavilhões ocupados.

Orlando Carvalho, em resposta a questões sobre possíveis falhas no processo, afirmou que no início surgiram algumas dificuldades com a operacionalização do sistema, mas que atualmente não há queixas, uma vez que este novo sistema assegura um maior tempo de utilização para os reclusos. Os telefones estão disponíveis para uso entre as 07:00 e as 22:00, permitindo uma hora de chamadas a números previamente autorizados.

Além disso, os reclusos podem contactar cerca de 10 números de interesse público gratuitamente, como o da Provedoria da Justiça, a qualquer hora.

Outro aspecto importante mencionado, foi o botão de alarme instalado nos telefones, que substitui as antigas campainhas, permitindo que os reclusos solicitem ajuda sem a pressão do sistema anterior. O pedido é agora registado eletronicamente, garantindo um acompanhamento eficaz das chamadas de auxílio.

A instalação dos telefones, que teve início em 2020, foi vista pela ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, como um passo significativo para a humanização das comunicações dos reclusos, promovendo um vínculo mais forte com as suas famílias e reduzindo a pressão associada ao uso de cabines telefónicas.

A ministra destacou que, embora existam regras sobre os números que podem ser contactados e os horários de utilização, o sistema possibilita uma maior aproximação entre reclusos e seus familiares, exemplificando a facilidade que um pai tem de falar com o filho após as aulas.

"São soluções que equilibram preocupações de segurança e a necessidade de humanização”, sublinhou Rita Alarcão Júdice, evidenciando que as chamadas são realizadas em privado, de um modo semelhante ao que era possível nas cabines telefónicas.

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