Tragédia no Rinjani: Juliana Marins sofreu queda fatal após agonizante sobrevivência
Novos detalhes revelam que Juliana Marins, a jovem brasileira que caiu num vulcão na Indonésia, lutou por 32 horas antes de falecer após uma segunda queda.

Neste fim de semana, surgiram informações adicionais sobre a trágica morte de Juliana Marins, uma brasileira de 26 anos que perdeu a vida após uma queda no vulcão Rinjani, na Indonésia. A jovem, que havia embarcado numa aventura a solo, caiu durante uma caminhada e foi encontrada sem vida quatro dias depois do ocorrido.
A irmã de Juliana, Mariana Marins, e representantes da equipa médica e do sistema judicial concederam uma entrevista coletiva para discutir os achados da segunda autópsia, realizada no Brasil. Este exame revelou que Juliana sofreu duas quedas distintas, durante as quais sobreviveu aproximadamente 32 horas.
Conforme relatado pela irmã, Juliana caiu inicialmente de uma altura de 220 metros, enfrentando trechos íngremes e rochosos. Um médico que participou da investigação descreveu o seu falecimento como uma morte "agonizante e hemorrágica". Após a primeira queda, Juliana escorregou novamente, desta vez por 60 metros, o que resultou na sua morte cerca de 15 minutos depois, em condições extremas de sofrimento, sem conseguir mover-se.
Especialistas indicaram que Juliana pode já ter sofrido lesões durante a primeira queda. A equipa de resgate enfrentou grandes dificuldades, conseguindo descer apenas 150 metros 18 horas após a queda, o que tornava impossível localizar Juliana quando ela se encontrava a 220 metros de profundidade.
As autópsias indicaram que a causa da morte foi uma hemorragia interna decorrente de lesões poliviscerais e politraumatismo, compatíveis com os impactos da queda. Registou-se que Juliana foi avistada inicialmente a 200 metros do local do acidente e que a primeira autópsia, realizada na Indonésia, sugeria que ela teria falecido cerca de 20 minutos após o impacto.
A jovem brasileira viajara sozinha para a Ásia e estava a explorar o vulcão quando ocorreu a tragédia. Nos momentos que antecederam a sua morte, Juliana foi captada por um drone, imortalizando a sua última visão sentada à beira do desespero. As autópsias asseguraram ainda que o estresse, o isolamento e as condições adversas podem ter contribuído para o seu estado de desorientação antes da queda fatal.
As cerimónias fúnebres de Juliana realizaram-se na última sexta-feira, 5 de julho. Após o funeral, sua irmã expôs uma mensagem tocante sobre a jovem, afirmando: "Juliana trouxe muita alegria e uma passagem breve, mas intensa entre nós. Ela sempre nos ensinou a perseverar os nossos sonhos e a não deixar que os obstáculos nos impeçam de viver plenamente."