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Ação do Ministério Público provoca adiamento da leitura do acórdão sobre o homicídio de empresário em Albufeira

A leitura do acórdão relativa ao homicídio de um empresário em Albufeira foi remarcada para quarta-feira devido à greve do Ministério Público, que impossibilitou a presença na audiência.

15/07/2025 15:40
Ação do Ministério Público provoca adiamento da leitura do acórdão sobre o homicídio de empresário em Albufeira

A audiência no Tribunal de Portimão sobre o homicídio de um empresário, ocorrido em 2019 em Albufeira, sofreu um adiamento, agora agendado para esta quarta-feira às 09h30, na sequência de uma greve do Ministério Público.

O juiz Pedro Frias, que preside ao tribunal de júri, anunciou o atraso logo no início da sessão, explicando que a falta de representantes do Ministério Público tornava impossível a continuidade dos trabalhos, sob pena de nulidade.

Os acusados, dois homens, enfrentam a imputação de homicídio qualificado e omissão de auxílio ao empresário, que era proprietário de uma fábrica de bolas de Berlim, localizada na Patã de Baixo, Albufeira. Durante o julgamento, o MP solicitou uma pena de 11 anos de prisão para Igor Lopes, de 40 anos, atualmente em prisão preventiva, enquanto defendeu a absolvição de Aldair Silva, de 43 anos, que se encontra em liberdade.

Os advogados de defesa solicitaram a absolvição de ambos os arguidos, invocando o princípio 'in dubio pro reo', que defende que na dúvida, o tribunal deve decidir a favor do réu.

Em abril, ao iniciar o julgamento, o Ministério Público havia afirmado que os dois homens teriam planeado subtrair dinheiro da fábrica, que gerava entre 10 a 15 mil euros diariamente. Segundo a acusação, os arguidos invadiram o estabelecimento com o intuito de roubar uma quantia de dinheiro e se depararam com o empresário José de Sousa, de 66 anos, que acabaria por ser assassinado. Após o crime, os acusados ter-se-iam apropriado de 16 mil euros e diversos objetos pessoais.

Nas alegações finais, o procurador do MP explicou o pedido de condenação, mencionando que "pode ser difícil" para o tribunal acreditar que os arguidos agiram com intenção de matar.

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