Área queimada em 2023 aumenta drasticamente face ao ano passado
Este ano, a área ardida quase triplicou comparativamente ao mesmo período de 2024, com um crescimento de 68% no número de incêndios rurais, segundo o SGIFR.

De acordo com o Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR), coordenado pela Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), a situação deste ano revela-se alarmante. O novo portal que disponibiliza informações sobre riscos de incêndios e estatísticas, indica que, entre 1 de janeiro e 11 de julho, foram registados 3.202 incêndios rurais que consumiram 9.974 hectares de vegetação. Em comparação, no mesmo período do ano passado, ocorreram 1.902 fogos que afetaram 3.246 hectares.
A maioria dos incêndios teve lugar na região Norte, com 1.761 ocorrências, seguida pelo Lisboa e Vale do Tejo (521), Centro (460), Alentejo (334) e Algarve (127). No que diz respeito à área ardida, o Alentejo lidera com 4.616 hectares destruídos, seguido pelo Norte com 4.591 hectares, Centro (602), Lisboa e Vale do Tejo (145) e Algarve (21 hectares).
Os dados do SGIFR revelam que 28% dos incêndios ocorreram em dias de risco 'muito elevado' e 10% em dias de risco 'máximo'. Além disso, foi constatado que a maior parte da área queimada foi em dias com risco 'máximo' (29%) e 'extremo' (17%).
Embora muitos casos ainda estejam a ser investigados, os dados preliminares indicam que 24% dos incêndios foram provocados pelo uso intencional do fogo e 12% devido a incendiarismo.