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Autópsia determina que Juliana Marins faleceu devido a lesões por queda em altura

A jovem brasileira, falecida após uma queda no vulcão Rinjani, foi vítima de múltiplos traumas, conforme revela a autópsia realizada no Brasil.

há 7 horas
Autópsia determina que Juliana Marins faleceu devido a lesões por queda em altura

A Polícia Civil do Rio de Janeiro anunciou que a causa da morte de Juliana Marins, uma jovem brasileira de 26 anos, foi resultado de diversas lesões traumas provocadas por uma queda a grande altura.

De acordo com informações do portal g1, a autópsia concluiu que a morte ocorreu devido a uma hemorragia interna causada por lesões em múltiplos órgãos, junto com um politraumatismo compatível com um impacto de alta energia cinética. Os peritos estimam que Juliana poderia ter sobrevivido por até 15 minutos após a queda, embora em condições que não permitiriam qualquer reação.

Entretanto, as condições do corpo complicaram as perícias, tornando difícil determinar a hora exata do falecimento. Ao chegar ao Instituto Médico-Legal, o corpo estava embalsamado, o que impossibilitou a avaliação de sinais como hipotermia ou desidratação.

O relatório pericial, citado por meios de comunicação brasileiros, afirma: “Considerando, única e exclusivamente, o corpo da vítima, o perito conclui como prejudicado pelo lapso temporal e pelas condições de embalsamento que chegou o cadáver”.

Juliana foi vista em várias ocasiões após a queda no vulcão Rinjani, na Indonésia. Inicialmente, foi avistada a 200 metros da queda, posteriormente a 400 metros e, finalmente, recuperada a 600 metros de profundidade.

Embora os especialistas afirmem que os ferimentos de Juliana seriam letais a curto prazo, não descartam a possibilidade de que tenha experienciado um período de sofrimento físico e psicológico antes de falecer. Eles indicam que “pode ter havido um período agonal antes da queda fatal, gerando intenso estresse endócrino, metabólico e imunológico ao trauma”. Uma autópsia anterior na Indonésia sugeria que a jovem teria morrido cerca de 20 minutos após sofrer os ferimentos.

Diga-se que Juliana estava a viajar sozinha pela Ásia quando caiu durante uma caminhada no vulcão Rinjani. Foi encontrada morta quatro dias após o ocorrido. As últimas imagens suas foram captadas por um drone por volta das 17h10 do dia 21 de junho, onde aparecia sentada depois da queda, mas quando as equipas chegaram ao local, já não estava presente. Descobriu-se, posteriormente, que a turista brasileira sofreu uma segunda queda.

A autópsia realizada no Brasil não conseguiu confirmar se ocorreram outras quedas, mas indicou que os ferimentos correspondem a um impacto único de grande intensidade que afetou órgãos vitais e estruturas como crânio, tórax, abdómen, pelve, membros e coluna. Especialistas também indicam que fatores como stress, isolamento e um ambiente hostil podem ter contribuído para a desorientação da vítima, dificultando a sua capacidade de agir antes da queda.

As lesões musculares e o ressecamento ocular foram identificados, mas não foram registados sinais de desnutrição, fadiga extrema ou uso de substâncias ilícitas.

As cerimónias fúnebres de Juliana aconteceram na última sexta-feira, dia 5 de julho. A irmã, Mariana, lembrou-a como “uma força” e alguém que trouxe “muita alegria” à família.

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