Chefias da guarda prisional preparam greve de 24 horas esta quinta-feira

A Associação Sindical de Chefias do Corpo da Guarda Prisional (ASCCGP) convocou uma greve de 24 horas para a próxima quinta-feira, com início à meia-noite e prolongando-se até às 24h00. O objetivo da paralisação é protestar contra a escassez de chefias na guarda prisional, a falta de segurança nas instituições prisionais e a necessidade de revisar o estatuto profissional dos trabalhadores.

O presidente da ASCCGP, Hermínio Barradas, destacou que existe uma "incapacidade de haver um plano estratégico de continuidade das nossas funções", sublinhando a ausência de medidas concretas que promovam a atratividade da carreira. “Neste momento, não existem incentivos tangíveis que tornem a profissão mais apelativa”, acrescentou.

A associação estima que a adesão à greve poderá ultrapassar os 50% e prevê que, em pelo menos 22 das 49 cadeias existentes em Portugal, a adesão poderá ser total. Barradas explicou que "em algumas prisões, há apenas um chefe de serviço, e se este decidir entrar na greve, a adesão é integral".

Entre as reivindicações da ASCCGP encontra-se também o "pagamento imediato do suplemento de segurança prisional a todos os chefes de equipa" e a classificação da profissão como de desgaste rápido.

Nas últimas horas, a ASCCGP participou de uma reunião com o Ministério da Justiça, onde se discutiram as preocupações apresentadas. Uma nova reunião está marcada para a tarde desta sexta-feira, a qual contará ainda com a presença de um representante do Ministério das Finanças.