Chega pede suspensão de reunião após rejeição de proposta para suplemento da nova unidade da PSP
O Chega solicitou a interrupção da Comissão de Assuntos Constitucionais após a rejeição de uma proposta que visava criar um suplemento especial para agentes da nova Unidade de Estrangeiros e Fronteiras da PSP.

O partido Chega requisitou hoje a suspensão dos trabalhos da Comissão de Assuntos Constitucionais, após a sua proposta de criação de um suplemento especial para os agentes da nova Unidade de Estrangeiros e Fronteiras (UNEF) da Polícia de Segurança Pública (PSP) ter sido reprovada.
A rejeição ocorreu quando PSD, Iniciativa Liberal, CDS e partidos de esquerda votaram contra as alterações sugeridas pelo Chega à proposta governamental. Face a este desacordo, a deputada Cristina Rodrigues pediu uma interrupção de cinco minutos, que acabou por durar mais tempo.
Enquanto o impasse político se mantém, os trabalhos prosseguem com a discussão de outro ponto na ordem de trabalhos, relacionado com a lei da nacionalidade.
O Chega defende que os agentes da UNEF devem ter "direito a um suplemento remuneratório, denominado suplemento especial de serviço, que corresponde a um acréscimo mensal atribuído ao pessoal policial habilitado com os cursos de especialização da unidade". Segundo a proposta, o valor deste suplemento seria estabelecido através de uma portaria negociada entre o Governo e os sindicatos da PSP, com efeitos retroativos à criação da UNEF.
A proposta do Chega alegava que o suplemento especial devia possuir as mesmas características que outros suplementos remuneratórios concedidos aos polícias da PSP, uma posição já contestada pela própria PSP esta semana.
No início da reunião, um requerimento do PS para solicitar pareceres sobre a nova unidade da PSP aos governos regionais dos Açores e da Madeira, bem como a sindicatos, foi chumbado com os votos contra do PSD, Chega e CDS-PP.