Detenção de jovem por incêndio florestal em Valpaços levanta preocupações sobre aumento de fogos
Um jovem de 21 anos foi apanhado pela Polícia Judiciária como suspeito de provocar um incêndio em Valpaços, que consumiu uma área considerável de mato e pôs em risco a floresta circundante.

Na passada sexta-feira, 11 de julho, a Polícia Judiciária de Valpaços deteve um jovem de 21 anos, fortemente indiciado como o responsável por um incêndio florestal que devastou uma área maioritariamente composta por mato.
De acordo com o comunicado da PJ, o incêndio não só afetou uma vasta zona florestal, mas também colocou várias habitações em risco. Contudo, graças à rápida resposta dos bombeiros e outros meios de combate a incêndios, o estrago foi minimizado.
O jovem será submetido a um primeiro interrogatório judicial, onde se irão determinar as medidas de coação a serem aplicadas.
Este incidente surge num contexto alarmante, onde a área ardida em 2025 registou um aumento quase triplo em comparação com o período homólogo de 2024. O Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR) reportou que, entre 1 de janeiro e 11 de julho, ocorreram 3.202 incêndios rurais, resultando na queima de 9.974 hectares. Comparativamente, no ano anterior foram contabilizados apenas 1.902 incêndios e 3.246 hectares afetados.
As regiões mais atingidas foram o Norte, com 1.761 incêndios, seguido por Lisboa e Vale do Tejo (521), Centro (460), Alentejo (334) e Algarve (127). A área mais devastada foi no Alentejo, onde arderam 4.616 hectares, seguida do Norte, com 4.591 hectares.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alertou para a urgência de seguir algumas orientações em caso de incêndio. Se estiver na proximidade de um fogo, é crucial contactar o 112. Adicionalmente, em situações que não exponham a sua segurança, recomenda-se utilizar ferramentas adequadas para tentar apagar o incêndio.
Além disso, é vital não obstruir a atuação dos bombeiros e prestar atenção às instruções que receber. Caso tenha veículos em estradas que conduzem ao incêndio, deve removê-los, e quaisquer comportamentos de risco por parte de terceiros devem ser comunicados às autoridades.
Com a chegada do verão, o risco de incêndios aumenta significativamente, e por isso, a ANEPC tem reforçado a importância de saber como agir em circunstâncias de emergência.