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Detenção de Recluso Após Fuga Inusitada em França

Elyazid A., acusado de homicídio, foi recapturado após se ter escapado no saco de roupa suja de um colega durante a sua libertação. Autoridades iniciam investigação sobre o incidente.

há 3 horas
Detenção de Recluso Após Fuga Inusitada em França

O jovem recluso Elyazid A., de 20 anos, foi novamente detido na manhã de segunda-feira, cerca de 25 quilómetros da prisão de Lyon-Corbas, de onde fugiu no passado dia sexta-feira. A sua fuga ocorreu de forma curiosa, ao esconder-se no saco de roupa suja do seu colega de cela durante a soltura deste último.

As autoridades, que só notaram a ausência de Elyazid A. 24 horas após a fuga, emitiram um alerta vermelho através da Interpol. O indivíduo estava a enfrentar acusações graves, como homicídio dentro de uma organização criminosa e delitos relacionados com armas de fogo.

A fuga foi considerada uma situação atípica, sem a participação de cúmplices externos. O seu colega de cela, que o ajudou a escapar, é agora considerado um fugitivo, uma vez que foi implicado em outro crime. O ministro da Justiça francês, juntamente com o procurador de Lyon e os serviços prisionais, deram início a uma investigação rigorosa para esclarecer os detalhes da ocorrência.

O diretor do serviço prisional nacional, Sébastien Cauwel, mencionou que, embora Elyazid A. estivesse sob acusação de crimes graves, ele estava detido por violações menores e não era visto como uma ameaça de segurança. Cauwel sublinhou que a fuga foi o resultado de sérias falhas operacionais na prisão, agora sob investigação.

Além disso, a sobrelotação da prisão, que abriga quase 1220 reclusos ao invés dos 678 para os quais foi projetada, foi apontada como um fator que pode ter dificultado as operações dos guardas prisionais. Um relatório do Conselho Europeu de 2024 revelou que a França é a terceira nação da União Europeia com os piores níveis de superlotação prisional, apenas à frente de Chipre e Roménia. Os sindicatos do setor alertam ainda para a falta de aproximadamente 5 mil operacionais nas prisões do país.

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