FEFSS atinge novo marco ao ultrapassar os 40 mil milhões

O Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) alcançou um valor histórico de mais de 40 mil milhões de euros pela primeira vez, tendo registado um valor de 40.277 milhões de euros a 30 de junho de 2025. Este fundo, responsável pela proteção das pensões, representa 13,9% do Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal.

O crescimento do FEFSS deve-se principalmente à decisão do Governo de realizar a maior transferência até à data, excedendo quatro mil milhões de euros. O Executivo revelou este feito através das suas redes sociais, destacando a importância deste fundo na garantia das pensões das gerações futuras.

Conforme indicado pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, a rentabilidade da carteira desde o início deste ano é de 0,86%, o que se traduziu em 314 milhões de euros. Comparativamente, o retorno homólogo é positivo, alcançando 5,21% ou 1.772 milhões de euros.

O valor da carteira do FEFSS cresceu em 4.398 milhões de euros nos últimos 12 meses, impulsionado por dotações que chegaram a 4.084 milhões.

Mas, o que caracteriza o FEFSS? Este fundo integra várias sub-carteiras, sendo a dívida pública portuguesa a componente mais significativa, seguida por dívidas de outros países da OCDE e ações de grandes empresas. O objetivo principal do FEFSS é estabilizar os saldos do regime geral da segurança social, sendo um património autónomo que pode ser utilizado para assegurar a estabilidade do sistema de segurança social.

Ainda segundo o Conselho das Finanças Públicas (CFP), uma parte das contribuições dos trabalhadores, entre dois e quatro pontos percentuais, reverte para o financiamento deste fundo até que as despesas com pensões sejam cobertas por um período mínimo de dois anos. Adicionalmente, o fundo obtém receitas de saldos anuais do Sistema Previdencial e de ganhos de aplicações financeiras.

Importa recordar que, em fevereiro deste ano, o FEFSS foi capitalizado com quatro mil milhões de euros, consolidando-se como uma verdadeira "almofada" financeira responsável pelo pagamento de pensões em situações de crise do sistema.