França de Macron enfrenta críticas de Israel após reconhecimento da Palestina
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Saar, desaprovou a decisão de Emmanuel Macron de reconhecer a Palestina, considerando-a uma ameaça à segurança israelita.

Gideon Saar, o chefe da diplomacia israelita, manifestou descontentamento com o anúncio do Presidente francês, Emmanuel Macron, que prevê o reconhecimento formal do Estado da Palestina na próxima Assembleia Geral da ONU, marcada para setembro. Para Saar, esta ação representa um "prémio" para o Hamas e uma forma de incentivo ao terrorismo, enquanto as Forças Armadas de Israel intensificam os bombardeamentos na Faixa de Gaza, onde, segundo o movimento islamita Hamas, já faleceram mais de 59.100 pessoas.
O ministro dos Negócios Estrangeiros acrescentou que tal reconhecimento irá resultar num agravamento da situação nas negociações, apontando para um prolongamento da guerra, a continuação do abuso de reféns e o aumento do sofrimento da população palestiniana em Gaza. Esta crítica de Saar alia-se a preocupações já expressas por outros ministros do governo israelita e até por opositores à administração do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Atualmente, 148 estados, que representam cerca de três quartos dos membros das Nações Unidas, reconhecem a Palestina, apesar da resistência contínua dos Estados Unidos e de Israel.