Homem detido em Carnaxide por tráfico de droga ao domicílio

Um homem de 45 anos foi detido no dia 16 de julho por suspeitas de tráfico de droga, concretamente na prática de entregas ao domicílio na área da Grande Lisboa, abrangendo localidades como a capital, Sintra e Cascais. A sua captura ocorreu enquanto estava envolvido numa transação ilícita nas proximidades da sua habitação em Carnaxide.

A detenção do traficante resultou da identificação de um “foco relevante de fornecimento de produtos estupefacientes” naquela área, segundo informações da Polícia de Segurança Pública (PSP), que enviou um comunicado à imprensa. A abordagem policial foi realizada de forma segura e eficaz, e o homem foi detido sem oferecer resistência, dentro de um veículo, acompanhado por outro indivíduo que foi ouvido como testemunha.

A PSP também executou dois mandados de busca em residências e cinco em veículos, o que resultou na apreensão de cerca de 1.875 doses individuais de cocaína, 934 doses de MDMA e 18 doses de haxixe. Além disso, foram encontrados 23.110 euros em notas de baixo valor, dispostas em diversas divisões ligadas ao suspeito.

Outras apreensões incluíram balanças digitais com vestígios de droga, sacos herméticos, facas com resíduos de substâncias, uma tábua de cortar, moinhos e telemóveis com informações importantes para a investigação. As autoridades também confiscavam cinco viaturas, três das quais de gama média-alta, que eram usadas nas entregas e suspeitas de terem sido adquiridas com dinheiro proveniente de atividades ilícitas.

Segundo a PSP, o detido atuava como fornecedor direto num esquema “on demand”, realizando entregas rápidas e personalizadas, recorrendo a plataformas digitais e pagamentos eletrónicos para manter o anonimato. O homem deslocava-se diariamente a moradas previamente acordadas com os clientes, efetuando entregas de cocaína e MDMA, fracionadas e bem embaladas para minimizar o risco de detenção, transportando quantidades controladas.

Os pagamentos eram geralmente feitos através de MB Way, utilizando códigos para levantamento em caixas automáticas, além de dinheiro vivo, de modo a evitar o rastreamento das transações. A investigação, que durou vários meses, revelou a existência de uma rede informal de distribuição de drogas que operava de forma altamente ativa e descentralizada, com múltiplos consumidores e revendedores a recorrerem ao suspeito.

Apesar de não ter emprego formal, o detido exibia um estilo de vida incompatível com a sua situação económica, levantando suspeitas de branqueamento de capitais e ostentação de bens valiosos. De acordo com as autoridades, a quantidade significativa de drogas apreendidas e os riscos associados à fuga, à desordem pública e à continuidade do crime levaram-no a ser sujeito a prisão preventiva após o interrogatório judicial.

Esta operação foi coordenada pelo Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, através da Divisão Policial de Oeiras e da Esquadra de Investigação Criminal de Oeiras.