Política

IL discute propostas para direitos sociais e ampliação do eleitorado na sua X Convenção Nacional

Durante a X Convenção Nacional, a IL debate 19 moções focadas em direitos sociais e políticas de inclusão, enquanto electa Mariana Leitão permanece única candidata à liderança.

há 4 horas
IL discute propostas para direitos sociais e ampliação do eleitorado na sua X Convenção Nacional

Com 985 membros registados, a X Convenção Nacional da Iniciativa Liberal (IL) ocorre este sábado em Alcobaça, no distrito de Leiria. O evento será marcado pela eleição de Mariana Leitão como a única candidata à liderança do partido, além de um abrangente debate sobre 19 moções setoriais.

A oposição interna, que não apresentou candidatos alternativos para a liderança, decidiu expressar suas críticas à direção atual através de diversas moções. Estas propostas focam principalmente na defesa dos direitos sociais e das minorias.

Entre as cinco moções dedicadas a questões de direitos sociais e inclusão, destaca-se a intitulada "Orgulho, igualdade e liberdade: o compromisso liberal", que argumenta que a IL tem tido "atenção insuficiente" em relação às liberdades individuais. Os subscritores desta moção apelam à IL para que rejeite "conceitos desumanizadores", como a "ideologia de género" e o "movimento 'woke'", e que defenda "todas as minorias", incluindo comunidades LGBTQIA+, étnicas, imigrantes e pessoas com deficiência.

Outra moção, "Contra o ódio, a liberdade!", solicita que a IL seja igualmente assertiva na defesa das liberdades políticas e sociais, assim como tem sido na promoção da liberdade económica, especialmente num contexto de aumento do discurso de ódio e crimes motivados por ódio. Os subscritores afirmam que a comunicação oficial deve condenar crimes e ameaças que coloquem em risco o Estado de Direito democrático, numa referência à recente abstenção da IL em um voto de condenação ao ataque à companhia de teatro "A Barraca".

Uma terceira moção critica as mudanças na lei da nacionalidade levadas a cabo pelo Governo, que foram aprovadas pelo partido, e propõe a rejeição do alargamento do prazo de residência de 10 anos para obtenção de nacionalidade.

Além das críticas, os membros da IL abordam a importância de ampliar o espectro eleitoral do partido. A moção "Abertura e acolhimento" argumenta que a base eleitoral potencial da IL é consideravelmente maior que a actual e que “não estamos a captar as periferias, especialmente as áreas rurais”.

A moção "Feminismo é liberalismo", proposta pelo deputado Rodrigo Saraiva, realça a necessidade do partido conquistar a confiança do eleitorado feminino, promovendo um “feminismo liberal” que garanta a autonomia das mulheres.

Rodrigo Saraiva manifesta-se ativo, subscrevendo quatro moções e pedindo que a IL continue a ser uma “voz forte” na defesa da democracia a nível internacional, especialmente contra retrocessos democráticos na União Europeia.

Os debates também se estenderão a estratégias para as eleições autárquicas de 2029, com propostas que visam solidificar a posição da IL como um partido autárquico e menos dependente de formações políticas externas. A moção sobre a modernização democrática sugere a introdução do voto eletrónico de modo faseado, começando pelos círculos eleitorais da emigração.

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