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Kremlin solicita intervenção dos EUA para novas negociações com a Ucrânia

O Kremlin instou os Estados Unidos a persuadir Kyiv a participar numa nova ronda de negociações em Istambul, enquanto critica a militarização da UE.

16/07/2025 12:05
Kremlin solicita intervenção dos EUA para novas negociações com a Ucrânia

O Kremlin apelou esta manhã aos Estados Unidos para que exercitem pressão sobre a Ucrânia, de modo a que aceite participar numa terceira ronda de negociações a realizar em Istambul. "O crucial são os esforços de mediação por parte dos Estados Unidos, através do Presidente Donald Trump e da sua administração. Apesar de várias declarações carregadas de descontentamento, esperamos que a pressão sobre a parte ucraniana ocorra", afirmou o porta-voz presidencial, Dmitri Peskov, em declarações à comunicação social.

Peskov, por sua vez, criticou a União Europeia, acusando-a de se militarizar e de "desviar vastos montantes de fundos para a compra de armamento, o que apenas serve para perpetuar a guerra". "É complicado prever algo neste clima de reações emocionais exacerbadas", acrescentou.

Em relação à decisão de Trump de fornecer armamento à NATO, com o intuito de enviar armas para a Ucrânia, Peskov descreveu-o como uma continuidade de uma política antiga. "É um negócio que resulta na responsabilidade de alguns países europeus", defendeu.

Peskov também sublinhou que a questão do envio de armas é monitorizada de perto por Moscovo. Na segunda-feira, Trump deu um ultimato à Rússia de 50 dias para negociar um acordo com a Ucrânia, ameaçando retaliar com tarifas que poderão impactar igualmente principais importadores de petróleo russo como a China e a Índia.

Donald Trump expressou a sua desilusão com Vladimir Putin, advertindo a Rússia que se não for alcançado um acordo de paz com a Ucrânia dentro do prazo estipulado, serão impostas "tarifas muito severas". Foi ainda anunciado que a NATO planeia adquirir armamento norte-americano para fornecer à Ucrânia.

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