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Líderes religiosos em missão de ajuda a Gaza após ataque a igreja

O cardeal Pierbattista Pizzaballa e Teófilo III lideram uma delegação humanitária em Gaza, um dia após um ataque israelita que resultou em mortes e feridos.

18/07/2025 12:25
Líderes religiosos em missão de ajuda a Gaza após ataque a igreja

Na manhã de hoje, o Patriarca Latino de Jerusalém, cardeal Pierbattista Pizzaballa, e o Patriarca Grego Ortodoxo de Jerusalém, Teófilo III, cruzaram a fronteira para a Faixa de Gaza, transportando centenas de toneladas de ajuda destinada à população civil. Esta visita ocorre um dia depois do ataque das forças israelitas à Igreja da Sagrada Família, que provocou a morte de pelo menos três pessoas e deixou 11 feridas, conforme relatado pela agência EFE.

Segundo um comunicado do Patriarcado Latino, a delegação eclesiástica, liderada por Pizzaballa e Teófilo III, visa expressar a preocupação pastoral das Igrejas da Terra Santa pela situação crítica da comunidade em Gaza. "Agradecemos ao Papa Leão XIV pelo seu apoio e orações durante a nossa entrada em Gaza", acrescentou a nota do Patriarcado.

Durante a sua permanência, o cardeal Pizzaballa irá avaliar as necessidades humanitárias e espirituais da população local, de forma a direcionar a resposta contínua da Igreja neste contexto. Em coordenação com várias entidades humanitárias, foi garantido o acesso à entrega de assistências essenciais, que incluem mantimentos alimentares, 'kits' de primeiros socorros e equipamentos médicos urgentes.

O Patriarcado também anunciou que estão a ser efetuadas operações para transferir os feridos do ataque para instituições médicas fora de Gaza, onde receberão cuidados adequados.

O patriarcado rogou pela segurança da delegação durante a visita e pela suspensão das hostilidades militares. O governo italiano, através do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Antonio Tajani, assegurou que estava em contacto com os líderes religiosos e pediu a Israel que respeitasse a segurança dos enviados em sua nobre missão.

O ataque à paróquia católica da Sagrada Família, que na altura abrigava mais de 400 deslocados, entre os quais crianças e pessoas com necessidades especiais, gerou uma onda de condenação a nível internacional. O Papa Leão XIV expressou a sua "profunda tristeza" pelo ocorrido, reiterando o seu apelo por um "cessar-fogo imediato" e um "diálogo" entre as partes envolvidas.

Na sequência dos acontecimentos, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reconheceu que uma "munição perdida" atingiu a igreja, lamentando as vidas inocentes perdidas como sendo uma tragédia.

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