Quase 1.000 Detidos Políticos na Venezuela: Oposição Clama por Liberdade

A oposição venezuelana fez um apelo no último domingo, revelando que cerca de 1.000 presos políticos continuam detidos no país, enquanto 12 indivíduos foram detidos nas últimas 72 horas. Este alerta surge após o recente entendimento entre Caracas e Washington para libertar 252 cidadãos venezuelanos que estavam a ser detidos em El Salvador, em troca de 10 cidadãos norte-americanos e a libertação de 80 presos políticos.

O movimento Comando com a Venezuela, liderado pela opositora María Corina Machado, afirmou que "faltam 1.000 por libertar" e criticou "a utilização do sequestro como uma tática de terrorismo de Estado que perpetua as tiranias". O comunicado da organização reafirma que várias famílias estão "imensamente aliviadas" pelas recentes libertações, após meses e até anos de detenções arbitrárias.

Além disso, a oposição considera que a libertação dos norte-americanos é um "passo estratégico" que demonstra a eficácia da pressão exercida contra o regime de Nicolás Maduro. A nota também destaca que, nas últimas 72 horas, houve um aumento da repressão, com a prisão de mais de 12 indivíduos e transferências de detidos para prisões comuns.

“Hoje, quase mil venezuelanos permanecem prisioneiros por motivos políticos, enquanto a situação dos direitos humanos se agrava,” apontou a comunicação. A organização convocou uma luta contínua pela libertação desses cidadãos, defendendo que a realidade atual exige uma solução definitiva para o conflito na Venezuela. “Por eles e por todo um país mantido refém, não desistiremos”, concluiu.

Conforme informações do Foro Penal, até 4 de julho, havia 940 indivíduos detidos em Venezuela por razões políticas, dos quais 844 eram homens e 96 mulheres, incluindo 771 civis e 169 militares.