Marcos Bastinhas revela a sua batalha contra a depressão, emociona Dália Madruga
No programa 'Dois às 10', Marcos Bastinhas abriu-se sobre a sua luta com a depressão, enquanto Dália Madruga partilhou a dor de ver o companheiro enfrentar este desafio.

No dia 18 de julho, Marcos Bastinhas e Dália Madruga foram convidados a partilhar a sua história no programa 'Dois às 10', conduzido por Cristina Ferreira. O conhecido toureiro falou abertamente sobre a sua luta contra uma depressão severa que lhe foi diagnosticada recentemente.
Marcos explicou que, desde o início do ano, começou a sentir que algo não estava bem. "Era uma tristeza constante, uma falta de sentido na vida. Apesar de momentos pontuais de alegria, a maior parte do tempo era preenchido por angústia e vontade de me afastar de tudo", revelou. Ele destacou que, inicialmente, não compreendia a gravidade da sua situação até que Dália, sua companheira de 14 anos, lhe sugeriu que procurasse ajuda. "Ela percebeu antes de mim e insistiu sempre para que pedisse apoio profissional", afirmou.
O toureiro decidiu então fazer uma pausa na sua carreira de 25 anos para se concentrar na sua saúde mental, sentindo que não poderia dar o melhor de si ao público. "Entrava nas arenas e tudo parecia correr bem, mas assim que o espetáculo terminava, a alegria dissipava-se. Era insustentável continuar a viver assim", refletiu.
Dália não escondeu as lágrimas enquanto ouvia o relato do companheiro. "Ele está a lidar com o luto pela perda do pai, alguém que era fundamental na sua vida. É uma dor difícil de processar", comentou. "Ele estava a afastar-se de nós e a isolar-se, mesmo quando estava entre a família", acrescentou com preocupação.
A dor da perda afetou profundamente Marcos, especialmente a morte do seu sogro em 2018. "Senti muito a ausência dele. Era como um pai para mim", compartilhou. Dália descreveu momentos desafiadores, incluindo perdas gestacionais, que tornaram as coisas ainda mais complicadas.
Marcos falou sobre os episódios muito difíceis que viveu devido à depressão. "Houve momentos em que a vida parecia em risco. Não é normal um ser humano sentir-se assim", confessou. Dália partilhou o seu receio constante: "Pedia-lhe diariamente que não me deixasse sozinha. Temos quatro filhos que precisam dele".
Atualmente, Marcos está a ser acompanhado por profissionais da saúde mental, o que lhe trouxe algum alívio e entendimento sobre a sua condição. Embora reconheça que a recuperação é um processo longo, ele mantém a esperança de um futuro melhor.
Se se encontra a lidar com problemas de saúde mental ou a ter pensamentos autodestrutivos, é importante que procure ajuda profissional. Existem várias linhas de apoio a que pode recorrer.