Mercados europeus em ascensão perante negociações UE-EUA

Cerca das 09h10 em Lisboa, o EuroStoxx 600 apresentava um aumento de 0,32%, alcançando 548,74 pontos.

As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt subiam 0,08%, 0,35% e 0,36%, respetivamente, enquanto Milão registava uma ligeira valorização de 0,04%.

Em contraste, Madrid mostrava uma leve queda de 0,01%.

A bolsa de Lisboa mantinha a tendência positiva, e às 09:10 o principal índice, o PSI, subia 0,77% para 7.766,81 pontos, uma subida notável, embora ainda a alguma distância do máximo de 7.791,75 pontos, atingido a 09 de julho, o mais elevado desde 06 de maio de 2011.

Entretanto, Bruxelas continua a preparar uma possível retaliação contra os EUA, caso não se chegue a um acordo antes de agosto, especialmente depois de o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter ameaçado a Rússia com tarifas de 100% caso não se alcance um entendimento sobre a guerra na Ucrânia nos próximos 50 dias.

Em Espanha, foi revelado que o Índice de Preços no Consumidor (IPC) subiu três décimas de ponto percentual em junho, fixando-se nos 2,3%, com os preços dos alimentos a escalarem para 2,8%.

Os mercados europeus aguardam com expectativa o plano a quatro anos anunciado pelo primeiro-ministro francês, François Bayrou, que visa a recuperação das finanças públicas e a contenção do aumento da dívida.

Na Ásia, a Bolsa de Tóquio fechou com um ganho de 0,55%, impulsionada pelos resultados de Wall Street no início da semana, embora a subida tenha sido cabida pelo aumento da obrigação japonesa a 10 anos, que atingiu o nível mais elevado em quase 17 anos. Em contrapartida, o índice da Bolsa de Xangai desceu 0,42%, enquanto o de Shenzhen ganhou 0,56%.

Os meios de comunicação japoneses reportaram que a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o Presidente do Conselho Europeu, António Costa, planeiam visitar o Japão na próxima semana, com o intuito de firmar uma aliança destinada a expandir a cooperação em diversos setores, diante das preocupações acerca de uma guerra comercial.

Na Ásia, o Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 1,1% no segundo trimestre, em comparação com o trimestre anterior, de acordo com dados do Gabinete Nacional de Estatísticas.

A expectativa ronda agora os dados de inflação dos EUA para junho, após um aumento de 2,4% homólogo em maio, que era uma décima superior ao registado em abril. Os futuros de Wall Street registam agora ganhos: 0,06% no Dow Jones Industrials, 0,30% no S&P 500 e 0,48% no Nasdaq, que encerrou na segunda-feira com uma leve subida de 0,27%, alcançando 20.640,33 pontos.

O Dow Jones também encerrou em alta, subindo 0,20% para 44.459,65 pontos, relativamente ao pico de 45.014,04 pontos, o mais alto desde a sua criação em 1896, a 04 de dezembro de 2024.

Em paralelo, os preços do petróleo assistiram a uma queda, enquanto se aguarda o relatório mensal da OPEP sobre a oferta e a procura de crude, em meio à incerteza nos mercados internacionais devido à política tarifária dos EUA. O Brent, referência na Europa, descia para 68,68 dólares, comparado a 69,21 dólares na segunda-feira. Já o West Texas Intermediate, referência nos EUA, recuava para 65,26 dólares antes da abertura oficial dos mercados.

O preço do ouro por onça 'troy' aumentava para 3.360,54 dólares, comparado aos 3.347,89 dólares da segunda-feira, embora ainda longe do máximo histórico de 3.432,34 dólares, atingido a 13 de junho.

Os juros da obrigação a 10 anos da Alemanha desciam para 2,708%, em comparação com 2,728% na terça-feira. Após uma recuperação na segunda-feira, a bitcoin descia 2,68% para 116.979 dólares, após ter atingido um recorde histórico de 123.000 dólares.

Por fim, o euro valorizava-se para 1,1677 dólares no mercado de câmbios de Frankfurt, contra 1,1662 dólares na segunda-feira, embora ainda abaixo do máximo de 1,1789 dólares, registado a 02 de julho de 2021.