Ministros do G7 encerram reunião sem acordo sobre questões climáticas

A cimeira dos ministros de Energia e Ambiente do G7, que decorreu durante dois dias, finalizou sem um entendimento sobre a rutura climática global, o que inviabilizou a produção de um comunicado final.

Os responsáveis canadenses, o ministro da Energia, Tim Hodgson, e a ministra do Ambiente, Julie Dabrusin, sublinharam, na conferência de imprensa que se seguiu, que as negociações foram "francas" e "focadas na ação".

Tim Hodgson informou que os ministros de Energia adoptaram cinco declarações significativas, incluindo abordagens sobre a segurança energética da Ucrânia e a promoção de um fornecimento fiável de energia. Foram também delineadas medidas para integrar a inteligência artificial nos sistemas energéticos e nas previsões meteorológicas, além de planos para fortalecer a cooperação nuclear e desenvolver uma estratégia em torno de minerais críticos, visando reduzir a dependência ocidental da China.

Por seu lado, Julie Dabrusin destacou que os ministros do Ambiente formalizaram esforços conjuntos para proteger os recursos hídricos e explorar a colaboração na previsão de fenómenos climáticos extremos. Foi também aprovada uma iniciativa de três anos focada na economia circular.

Antes das discussões, o secretário da Energia dos EUA, Chris Wright, expressou a urgência de alterar as abordagens face às alterações climáticas, afirmando que estas estão a danificar os sistemas energéticos e a gerar aumento de custos. A sua proposta é que os EUA se estabeleçam como líderes energéticos, produzindo energia em abundância e oferecendo um fornecimento confiável a aliados, reduzindo assim o vício em "vizinhos hostis".

Hodgson também anunciou que o Canadá proclamou oficialmente que certos minerais críticos são "essenciais para a defesa e os interesses nacionais", criando assim uma reserva estratégica para pelo menos três desses minerais, que não foram especificados.