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Moçambique regista primeiros casos de mpox originários do Maláui

O Governo moçambicano confirmou três casos de mpox na província de Niassa, todos provenientes do Maláui. As autoridades de saúde estão a monitorizar a situação para evitar a propagação da doença.

há 6 horas
Moçambique regista primeiros casos de mpox originários do Maláui

O Governo de Moçambique anunciou hoje que três casos de mpox foram confirmados na província de Niassa, no norte do país, e todos são provenientes do Maláui, onde o surto já afectou mais de 50 indivíduos. Em declarações após a reunião do Conselho de Ministros, o porta-voz Inocêncio Impissa explicou que os três cidadãos nacionais viajaram entre os dois países.

Apesar de haver apenas três casos confirmados, as autoridades de saúde elevaram para 11 o número de indivíduos suspeitos da doença, de acordo com o boletim sobre a evolução da situação epidemiológica divulgada na segunda-feira.

Inocêncio Impissa assegurou que as autoridades sanitárias têm a situação "sob controlo" e têm implementado medidas de contenção para evitar que a mpox se alastre a outras partes do país, além do distrito de fronteira. "Os pacientes foram colocados em quarentena para monitorização e isolamento, evitando a propagação da doença", referiu.

O Ministério da Saúde indicou que os doentes se encontram clinicamente estáveis e em isolamento domiciliar, com acompanhamento activo por parte das autoridades de saúde.

Este surto de mpox é considerado um dos mais preocupantes na região, uma vez que, entre 1 de janeiro e 8 de julho, foram reportados 77.458 casos da doença em 22 países, resultando em 501 óbitos. Moçambique registou pela primeira vez casos de mpox no surto anterior em 2022, especificamente em Maputo.

A doença viral zoonótica, reconhecida pela primeira vez em 1970 na República Democrática do Congo, tem visto um aumento significativo na sua prevalência, levando a Organização Mundial da Saúde a declarar a mpox como uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional em agosto de 2024.

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