"Giorgia Meloni apela à união contra possíveis tarifas comerciais"
A primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, enfatiza a necessidade de evitar uma guerra comercial entre a Europa e os EUA, elogiando a nova postura de Trump sobre a Ucrânia.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, fez um apelo veemente para que seja evitada uma guerra comercial entre a Europa e os Estados Unidos. Durante uma conferência de imprensa em Roma, após um encontro com o chanceler austríaco, Karl Stocker, Meloni abordou as atuais negociações comerciais, destacando a preocupação com a proposta do Presidente norte-americano, Donald Trump, de impor tarifas de 30% sobre produtos da União Europeia (UE) a partir de 01 de agosto.
"É imperativo que evitemos esta guerra comercial a todo o custo", afirmou Meloni, reiterando o seu compromisso em trabalhar ao lado dos líderes europeus e da Comissão Europeia para alcançar um acordo favorável antes do prazo estabelecido.
Sendo criticada pela oposição italiana por uma alegada conivência com Trump, Meloni reafirmou a necessidade de fortalecer o Ocidente como um todo, afirmando que "tornar as nossas economias ainda mais interligadas é fundamental".
O chanceler Stocker apoiou a posição de Meloni, sublinhando que a resposta da UE às recentes ameaças de Washington deve ser firme e coesa, e reafirmou a determinação de atingir um entendimento antes da data limite.
Além das questões comerciais, Meloni e Stocker discutiram a situação na Ucrânia, onde Meloni expressou descontentamento face à falta de diálogo por parte do Presidente russo, Vladimir Putin. Elogiou a recente abertura de Trump para enviar sistemas de defesa antiaérea Patriot à Ucrânia, bem como a firmeza demonstrada ao ameaçar sanções se não houver um acordo de paz em 50 dias.
"A agressão russa continua a afetar civis de forma brutal", destacou Meloni, frisando a necessidade de continuar a apoiar a Ucrânia na sua defesa, ao mesmo tempo que se aumenta a pressão sobre a Rússia. Desde a invasão da Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, o país tem contado com apoio financeiro e militar dos aliados ocidentais, que também implementaram sanções contra a economia russa para limitar a sua capacidade de financiar a guerra.