Nuno Melo e General Cartaxo Alves em Audição sobre Apoio Aéreo na Emergência Médica
Hoje, Nuno Melo e o General Cartaxo Alves foram convocados a prestar esclarecimentos aos deputados sobre o suporte da Força Aérea no transporte médico de emergência.

O ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, e o chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General João Cartaxo Alves, estão a ser ouvidos hoje pelos deputados, no contexto da assistência que este ramo prestou à emergência médica desde o início do mês.
A audição do General Cartaxo Alves está agendada para as 16:00, realizada à porta fechada, enquanto a do ministro ocorrerá às 18:30 e será aberta à comunicação social.
Essas audições surgiram em resposta a requerimentos apresentados por Chega e PS, visando ouvir urgentemente o general sobre o papel da Força Aérea no helitransporte de emergência médica em colaboração com o INEM.
A proposta para a audição de Nuno Melo partiu do deputado do CDS-PP, João Almeida, que fez críticas ao PS durante um debate na semana anterior, onde questionou a oposição por exigir esclarecimentos sem ouvir o próprio ministro.
Recentemente, o governo solicitou o apoio da Força Aérea para assegurar o transporte de emergência, uma solução temporária face à impossibilidade da empresa Gulf Med iniciar operações conforme acordado para 1 de julho.
O contrato com a Gulf Med, no valor de aproximadamente 77,5 milhões de euros, prevê a operação de quatro helicópteros 24 horas por dia até 2030.
Desde o dia 10, a Força Aérea tem operado quatro aeronaves em regime permanente para transporte médico de emergência, incluindo dois helicópteros (um Black Hawk e um Merlin EH-101) e dois aviões.
No entanto, um dos desafios desta solução é que os helicópteros da Força Aérea não conseguem aterrar em heliportos hospitalares, uma vez que as suas dimensões excedem as dos helicópteros utilizados pelo INEM. Nuno Melo comentou anteriormente que o problema não reside nas aeronaves, mas nas "infraestruturas adequadas" que precisam ser desenvolvidas para situações de emergência.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, admitiu que o governo poderia ter gerido melhor o lançamento do concurso público internacional, enquanto o presidente da Gulf Med Aviation Services, Simon Camilleri, responsabilizou o governo e o INEM pelos atrasos.
Durante os primeiros 15 dias de julho, as unidades aéreas de emergência médica realizaram um total de 29 missões, sendo cinco delas operadas pela Força Aérea Portuguesa, conforme dados do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).