Política

PCP Insta Outros Partidos a Travar Venda do Novo Banco

O PCP lançou um apelo à Assembleia da República para impedir a venda do Novo Banco ao BPCE, considerando que tal operação é um "crime económico" que prejudica os contribuintes.

há 8 horas
PCP Insta Outros Partidos a Travar Venda do Novo Banco

No dia de hoje, o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, convidou os outros partidos a apoiarem um projeto de resolução que será votado amanhã no Parlamento. Este projeto, apresentado em junho, visa não só impedir a venda do Novo Banco mas também restaurar o seu controlo público, colocando a instituição "ao serviço do desenvolvimento nacional".

Raimundo afirmou que a venda do Novo Banco ao grupo francês BPCE representa um grave desperdício, uma vez que a entidade foi financiada pelos contribuintes. “O Estado suportou os custos do banco, que foi posteriormente entregue a um grupo económico americano [Lone Star]. Este grupo geriu o banco sem qualquer investimento e agora pretende vendê-lo após ter recebido injeções financeiras dos cidadãos”, criticou.

O secretário-geral sublinhou que, antes da venda ao BPCE, a Lone Star não tinha investido qualquer montante no Novo Banco, mas irá entregá-lo "em bom estado" após ter sido alimentado com capital público. “Acreditamos que ainda há tempo para reverter esta situação. Amanhã, a Assembleia deve agir para impedir este que consideramos ser um crime económico”, declarou.

Raimundo insistiu que, dado que o Estado arcou com os custos, deveria também beneficiar da operação e assegurar que o banco apoie a economia e o seu desenvolvimento. “É a nossa obrigação enquanto representantes do povo”, afirmou.

Em relação à venda, a Lone Star chegou a um acordo com a BPCE, que valoriza o Novo Banco em 6.400 milhões de euros para 100% do capital. A concretização deste negócio está prevista para o primeiro semestre de 2026.

O Governo anunciou, por sua vez, que irá acompanhar a venda da Lone Star, alienando a sua participação de 11,46% no Novo Banco, o que deve resultar em cerca de 733 milhões de euros. O restante 13,54% está sob a tutela do Fundo de Resolução, que pode encaixar aproximadamente 866 milhões com esta transação.

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