Economia

Perspetivas Promissoras para os Centros de Dados em Portugal até 2030

Um estudo revela que os centros de dados podem gerar até 26 mil milhões de euros para a economia e criar 50 mil empregos até 2030, posicionando Portugal no mapa digital europeu.

há 5 horas
Perspetivas Promissoras para os Centros de Dados em Portugal até 2030

Segundo um estudo realizado pela Copenhagen Economics em colaboração com a Start Campus, o setor dos centros de dados é projetado para ter um impacto significativo na economia portuguesa, com uma contribuição potencial de até 26 mil milhões de euros para o Produto Interno Bruto (PIB) até 2030. Esta análise assinala que, de 2022 a 2024, os centros de dados já contribuíram com 311 milhões de euros e suportaram aproximadamente 1.700 empregos anualmente.

Portugal destaca-se como um candidato forte para se tornar um importante 'hub' europeu em infraestruturas digitais e Inteligência Artificial (IA), beneficiando de um custo de eletricidade competitivo e uma infraestrutura de conectividade robusta. A partir da pesquisa, que incluiu entrevistas com mais de 15 partes interessadas do ecossistema digital, estima-se que cerca de 9,2 mil milhões de euros provinham de efeitos diretos, 8,6 mil milhões de euros de efeitos indiretos e 8,4 mil milhões de euros de efeitos induzidos, sempre sob a condição de um ambiente favorável para investimento e regulamentação.

O estudo também realça a necessidade de incentivar investimentos através de uma rede elétrica acessível, a simplificação dos processos de licenciamento e a criação de políticas que promovam centros de dados. O impacto da IA neste cenário é significativo, com previsões de que até 2030, aproximadamente 70% da capacidade computacional se dedique a aplicações deste tipo.

Robert Dunn, CEO da Start Campus, salienta que “Portugal apresenta todas as condições necessárias para se afirmar como um ponto de referência no digital e na IA na Europa, com acesso a uma conectividade estratégica, energia limpa e uma força laboral altamente qualificada”. Por sua vez, Bruno Basalisco, da Copenhagen Economics, adverte que, embora Portugal esteja a tornar-se um destino relevante para investimentos em centros de dados, a concorrência internacional permanece feroz.

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