Desporto

Portugal enfrenta novo desafio no Mundial sub-17, 36 anos após o sucesso de 1989

A seleção portuguesa de sub-17, liderada por Bino Maçães, inicia a sua quarta participação no Mundial, relembrando a conquista do bronze em 1989, um marco na história do futebol juvenil.

Na próxima segunda-feira, Portugal dá início à sua quarta participação no Mundial de Futebol de sub-17, sob a orientação de Bino Maçães, figura emblemática do futebol juvenil português que, na sua época como jogador, ajudou a seleção a conquistar o terceiro lugar na competição de 1989.

Foi há 36 anos, na Escócia, que a equipa das 'quinas' se destacou na sua estreia nesta competição, então disputada no formato sub-16, ao ceder na final do terceiro lugar ao Bahrein com um triunfo convincente de 3-0. Este feito permanece até hoje como o melhor resultado alcançado pela seleção neste escalão.

Naquela edição, Bino, ainda sem o reconhecimento que obteve mais tarde como treinador, era um dos médios titulares, partilhando o campo com Luís Figo, que se destacou ao assinalar dois golos.

Com a orientação de Carlos Queiroz, Portugal começou a competição de forma promissora, apresentando-se com uma equipa recheada de talento, onde se destacavam jogadores que mais tarde se tornariam nomes de peso no futebol, como Abel Xavier, Peixe, Capucho, Tulipa e Gil, este último também entre os melhores marcadores com três golos.

Os portugueses terminaram a fase de grupos no primeiro lugar do Grupo D, após vitórias sobre a Colômbia (3-2) e empates com a Arábia Saudita (2-2) e Guiné-Conacri (1-1), garantindo um lugar nos quartos de final, onde surpreenderam ao derrotar a Argentina por 2-1. No entanto, foram eliminados nas meias-finais pela Escócia, que mais tarde perderia a final para a Arábia Saudita após penaltis.

Portugal voltou a competir nesta categoria em 1995, no Equador, sob a nova denominação de Mundial sub-17, mas não conseguiu repetir a façanha anterior, sendo eliminado pelo Gana nos quartos de final após uma derrota de 2-0, com os ganeses a conquistarem posteriormente o título ao derrotar o Brasil na final.

Em 2003, a situação não melhorou para a selecção, que, apesar de um percurso irregular e emocionante — começando com uma reviravolta contra o Iémen — acabou por ser eliminada novamente nos quartos de final, desta vez pela Espanha, que impôs uma derrota pesada de 5-2. O torneio ficou marcado por um jogo igualmente dramático contra os Camarões, onde Portugal teve uma vantagem inicial de 4-0 mas acabou empatado a 5-5.

Com a nova edição do Mundial à porta, espera-se que a seleção sub-17 portuguesa, novamente sob a liderança de Bino, consiga fazer história e elevar o nome de Portugal no mundo do futebol juvenil.

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