Política

Privatalização da TAP: Carneiro defende retorno dos 3 mil milhões e maioria estatal

José Luís Carneiro, líder do PS, apoia a privatização da TAP, mas exige reembolso dos 3 mil milhões investidos e manutenção da maioria acionista.

há 9 horas
Privatalização da TAP: Carneiro defende retorno dos 3 mil milhões e maioria estatal

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), José Luís Carneiro, manifestou hoje o seu apoio à decisão do Governo sobre a reprivatização da TAP, destacando, no entanto, a necessidade de reembolsar os contribuintes pelos 3 mil milhões de euros injetados na companhia durante a pandemia.

“A TAP precisa de crescer e, para isso, deve abrir-se a investidores internacionais. Por esta razão, consideramos que esta é uma opção acertada”, afirmou Carneiro durante uma declaração na sede do PS em Lisboa.

O líder socialista sublinhou a importância de Portugal manter a maioria na estrutura acionista da TAP como forma de garantir quatro objetivos fundamentais. No entanto, deixou claras duas exigências relacionadas com o processo de privatização. A primeira é que as condições estabelecidas pelo Governo não sejam modificadas por “nenhum acordo parassocial” durante o processo.

A segunda exigência, segundo Carneiro, é que o valor investido pelo Estado deve ser reembolsado aos contribuintes portugueses em médio e longo prazo.

Em resposta a comentários do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que afirmou não querer continuar a "deitar dinheiro para um poço sem fundo", Carneiro considerou esta afirmação “incorreta” e alertou que pode prejudicar a apreciação da TAP como um ativo estratégico para o Estado português.

O Governo anunciou hoje a aprovação de um decreto-lei que inicia a reprivatização da TAP, com a intenção de alienar inicialmente 49,9% do capital da companhia aérea, conforme mencionado pelo primeiro-ministro.

Montenegro fez uma declaração aos jornalistas sem responder a perguntas, afirmando que os detalhes do decreto-lei serão apresentados em uma próxima conferência de imprensa, mas reiterou que a prioridade é tornar a companhia rentável e competitiva, ao mesmo tempo que deve estar alinhada com os interesses estratégicos de Portugal.

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