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Professor de música do Oeste acusado de crimes sexuais contra alunos menores

Um maestro da região Oeste enfrenta acusações graves de abusos sexuais a alunos menores, utilizando a sua posição de confiança para manipular e explorar as vítimas.

15/07/2025 16:50
Professor de música do Oeste acusado de crimes sexuais contra alunos menores

Um maestro e professor de música, que atuou em várias escolas da região Oeste de Portugal, encontra-se sob investigação do Ministério Público (MP) por múltiplos crimes de natureza sexual dirigidos a alunos ou ex-alunos com menos de 16 anos à data dos fatos.

A acusação esclarece que o arguido, de cerca de 30 anos, aproveitou a sua posição de professor e a influência que exercia sobre os alunos para explorar a sua vulnerabilidade. Segundo as alegações, utilizava redes sociais para estabelecer conversas iniciais sobre temas do dia-a-dia e do ambiente escolar, de forma a criar um nexo de confiança com as vítimas, posteriormente dirigindo-se a conteúdos de índole sexual.

O professor lecionava em instituições de ensino musical nos concelhos da Lourinhã, Óbidos e Torres Vedras, e foi acusado de diversos crimes graves, incluindo três casos de abuso sexual de crianças, três por prostituição de menores, nove de importunação sexual, e seis de pornografia de menores, todos com agravantes, além de um crime de aliciamento para fins sexuais.

Em algumas situações, solicitou imagens e vídeos íntimos aos jovens, até mesmo oferecendo dinheiro ou "favores" relacionados com a sua atividade docente em troca. Numa das ocasiões, ter-se-á encontrado pessoalmente com uma vítima, onde realizou atos sexuais que foram filmados.

Os crimes ocorreram entre dezembro de 2022 e fevereiro de 2025, sendo que nessa altura os jovens tinham menos de 16 anos. O MP decidiu arquivar informações relacionadas a quatro outros jovens.

O arguido foi detido em fevereiro do presente ano e encontra-se em prisão preventiva à espera do desenrolar do processo judicial. Ele impugnou a acusação de 15 de junho, solicitando uma instrução, argumentando que não existem elementos que justifiquem a gravidade dos crimes que lhe são imputados.

O advogado defende que "não existem qualquer evidências que indiquem relação de dependência ou vulnerabilidade das vítimas", sublinhando ainda que não tem antecedentes e que colaborou com as investigações. Assim, foi solicitado que a instrução leve à revisão da qualificação dos atos, ou mesmo à suspensão provisória do processo até que todas as partes interessadas sejam ouvidas.

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