Rússia promete atenuar impactos de novas sanções da UE
O Kremlin assegura que irá mitigar os efeitos das recentes sanções europeias, advertindo que estas também terão repercussões negativas para os países sancionadores.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, confirmou hoje que a Rússia irá avaliar o novo pacote de sanções da União Europeia, publicado em Bruxelas, para "minimizar" as suas consequências. Peskov sublinhou que as sanções têm um "efeito negativo" não apenas sobre a Rússia, mas também sobre as nações que optam por impô-las, caracterizando estas medidas como uma "arma de dois gumes".
"Reiteramos a nossa posição de que estas restrições unilaterais são ilegais e manifestamos a nossa oposição a elas", afirmou Peskov. Contudo, garantiu que a Rússia já desenvolveu uma "certa imunidade" e "adaptou-se à vida sob sanções".
A recente aprovação do 18.º pacote de sanções pela União Europeia visa restringir o acesso dos bancos russos a financiamentos e proibir os gasodutos, na sequência da contínua agressão da Rússia à Ucrânia. Segundo Kaja Kallas, alta-representante da UE para os Negócios Estrangeiros, este pacote é um dos mais abrangentes, afetando também a indústria militar russa e a "frota fantasma" de navios.
Kallas enfatizou que estas sanções inibem ainda mais o orçamento de guerra do Kremlin e vão restringir a exportação de tecnologia usada em drones, que a Rússia tem utilizado no conflito. Além disso, a Rosneft, uma das maiores refinarias russas, também será alvo destas novas restrições.
A Comissão Europeia, sob a liderança de Ursula von der Leyen, expressou satisfação com a aprovação, afirmando que esta ação representa um golpe direto na máquina de guerra russa. "Continuaremos a pressionar até que Putin termine esta guerra", disse von der Leyen, ressaltando a determinação da UE em avançar com as sanções.