Veredicto parcial do júri no caso de Diddy é alcançado, mas a deliberação continua

O júri encarregado de decidir o futuro do magnata do hip-hop, Sean 'Diddy' Combs, anunciou hoje um veredicto parcial, relacionado a quatro das cinco acusações que pesam sobre ele. As deliberações continuam, especialmente quanto à grave acusação de "conspiração para cometer extorsão".

Os doze jurados comunicaram ao juiz Arun Subramanian que chegaram a um consenso sobre as acusações dois, três, quatro e cinco, que abordam questões de tráfico sexual e transporte das duas principais vítimas, Cassie Ventura e uma testemunha identificada como "Jane". Contudo, a natureza do veredicto, se de culpabilidade ou inocência, não foi especificada.

Após a notificação ao juiz, os advogados de Diddy cercaram-no em busca de diálogo, enquanto o rapper permanecia visivelmente abatido, quase sem resposta à sua equipa jurídica. Mais tarde, ele se dirigiu aos seus seis filhos, conversando com eles em sussurros.

No conteúdo da nota lida em tribunal, o júri destacou que não conseguiu chegar a um entendimento sobre a acusação de conspiração para crime organizado, que prevê uma pena de prisão perpétua. Dentro do júri, existiam "opiniões pouco convincentes de ambos os lados" sobre essa questão, conforme referido.

O advogado de Diddy, Marc Agnifilo, considerou que o tempo de deliberações foi insuficiente e pediu ao juiz para incentivar os jurados a continuar a trabalhar na sua decisão. A procuradora Maurene Comey, que representa a acusação, concordou que o júri deve ter mais tempo para revisar a primeira acusação antes de concluir o julgamento.

Subramanian expressou preocupação sobre a possibilidade de pressões no júri para que chegassem a um veredicto rápido e, por isso, decidiu aguardar até quinta-feira para que os jurados se apresentem novamente no tribunal, assegurando que não são obrigados a abdicar das suas convicções individuais.

O caso de Diddy é grave: as acusações envolvem tráfico sexual de suas ex-namoradas, Cassie e "Jane", além do transporte delas entre diversas localidades para participar em atos sexuais realizados com prostitutas ou strippers, conhecidos como "freak-offs".