Visitante dos EUA chega à Ucrânia numa fase crítica de apoio militar
O enviado especial dos EUA à Ucrânia inicia uma visita prolongada, coincidindo com a possibilidade de um novo pacote de ajuda militar de Donald Trump.

O enviado especial dos Estados Unidos, Keith Kellogg, vai chegar à Ucrânia na segunda-feira, dia 14, para uma visita que se prolongará ao longo da semana. A revelação foi feita durante a Conferência sobre a Recuperação da Ucrânia em Roma, num encontro com jornalistas do Novyny Live.
Esta será a segunda visita de Kellogg, sendo a primeira realizada em fevereiro, após a tomada de posse do presidente norte-americano. Recentemente, Kellogg teve uma reunião significativa com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, onde discutiram questões relativas ao fornecimento de armamento e ao fortalecimento das defesas aéreas do país.
A escolha da data para a visita de Kellogg é considerada estratégica, especialmente à luz dos comentários feitos por Donald Trump na quinta-feira, em que o ex-presidente manifestou que faria um "anúncio importante" sobre a Rússia na mesma data. Trump expressou a sua desilusão com Moscovo, numa altura em que o Pentágono decidira parar o envio de armas para a Ucrânia, enquanto a Rússia intensificava os seus ataques.
Ele indicou a sua intenção de retomar os envios de armas, prometendo reforçar o apoio defensivo à Ucrânia através da NATO. "Estamos a enviar armamento à NATO, que está a cobrir os custos a 100%. O que acontece é que as armas que saem dos EUA vão para a NATO, que as distribui para a Ucrânia", afirmou Trump.
Paralelamente, a administração americana está a planear a aprovação de um novo pacote de ajuda militar, que poderá atingir 300 milhões de dólares (cerca de 256 milhões de euros). Fontes indicam que a equipa de Trump irá identificar armamento disponível nas reservas norte-americanas para enviar à Ucrânia, podendo incluir mísseis Patriot.
Até agora, a autorização para o envio de armamento por parte do presidente dos EUA tinha-se limitado a arsenal aprovado pelo seu antecessor, Joe Biden. A confirmação deste novo pacote poderá representar uma mudança significativa na postura norte-americana em relação ao conflito na Ucrânia.