Economia

A TAP e o Potencial de Sinergias: Uma Reprivatização Promissora

De acordo com uma análise do Bank of America, a integração da TAP num grande grupo europeu pode gerar sinergias anuais de 300 milhões de euros, impulsionando a eficiência na aviação.

há 5 horas
A TAP e o Potencial de Sinergias: Uma Reprivatização Promissora

A recente análise do Bank of America aponta que a integração da TAP num grupo europeu de grande dimensão poderá resultar em sinergias anuais que podem ascender a 300 milhões de euros. Este estudo foi divulgado após a aprovação do decreto-lei em Conselho de Ministros, que marca o início do processo de reprivatização da companhia.

Com base em fusões no setor da aviação, como a união da Air France com a KLM ou a aquisição da SWISS pela Lufthansa, constatou-se que os novos acionistas conseguiram ganhos de eficiência que variaram entre 4% e 9% das receitas das companhias adquiridas. Aplicando esta percentagem ao contexto da TAP, que prevê receitas de 4,2 mil milhões de euros em 2024, o cenário aponta para um potencial de sinergias próximo de 7%.

Um exemplo notável é a fusão da Air France–KLM, que registrou sinergias de 9,2%, implicando impactos financeiros que, no caso da TAP, poderiam chegar a 390 milhões de euros. Por outro lado, a aquisição da SWISS pela Lufthansa trouxe sinergias de 8%, o que, em números aproximados, representa 339 milhões.

No que diz respeito ao transporte de passageiros, a TAP esteve abaixo de gigantes como a Lufthansa (131 milhões), o IAG (122 milhões) e a Air France–KLM (98 milhões), mas alinhou-se com a Aegean (16 milhões) e superou companhias como a Finnair (12 milhões) e LOT (11 milhões). Neste momento, a TAP opera com uma frota de 99 aviões, o que também a coloca em desvantagem face aos grandes grupos, como a Lufthansa, que possui 735 aeronaves, e o IAG, com 686.

Até ao momento, apenas três companhias manifestaram interesse no processo de reprivatização da TAP. Após a promulgação do decreto-lei pelo Presidente da República, os potenciais investidores terão um prazo de dois meses para apresentar as suas intenções, seguindo-se uma fase de propostas não vinculativas e, posteriormente, vinculativas. O Governo estima que todo o processo possa ser concluído em menos de um ano, dependendo ainda da aprovação final por parte da Comissão Europeia.

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